22 set Por uma Psicologia Anticapacitista: CRP-MG é representado por Elizabet Dias de Sá em Ato Virtual
Atividade foi promovida no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência
“A Psicologia precisa fazer uma revisão e uma desconstrução dos paradigmas que prevaleceram por décadas e décadas e trabalhar com o imaginário social, no sentido do reconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência”, argumentou a psicóloga mineira Elizabet Dias de Sá, no Ato Virtual Por uma Psicologia Anticapacitista. A atividade foi promovida pelo Conselho Federal de Psicologia em 21/9, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
O ato reuniu representantes dos Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país e de instituições que atuam na defesa dos direitos de pessoas com deficiência. Elizabet Sá representou o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) por suas relevantes contribuições tanto para a Psicologia quanto para a Educação. Atualmente, ela é professora da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte e consultora em audiodescrição.
“O ato virtual revelou o potencial de mobilização dos conselhos de psicologia e entidades afins. Foi um painel de manifestações convergentes entre profissionais, estudantes e ativistas em defesa do reconhecimento e respeito à diversidade e às diferenças”, avalia Elizabet Sá.
Segundo a psicóloga, trata-se de um marco decisivo no enfrentamento de todas as formas de discriminação, preconceito, estigmatização e exclusão. “A Psicologia tem um papel fundamental no campo teórico, político e na prática, tendo em vista as potencialidades e capacidades dos seres humanos com e sem deficiência como sujeitos de direitos”, completa.
Confira, na íntegra, a mensagem de Elizabet Sá proferida durante o Ato Virtual:
“A importância deste ato é fundamental no sentido do reconhecimento, do respeito, da valorização dos seres humanos, da diversidade e da diferença. Nesse sentido, a Psicologia cumpre um papel fundamental no que diz respeito à saúde mental de todas as pessoas, em particular das pessoas com deficiência, que precisam ser reconhecidas e valorizadas no seu potencial. É preciso desconstruir uma visão estereotipada em relação a essas pessoas, é preciso desconstruir uma visão assistencialista, protecionista, que coloca a deficiência na frente das pessoas, quando deveria ser o contrário: as pessoas têm que vir para o primeiro plano e a deficiência tem que ser reconhecida como uma força motriz que desenvolve a potencialidade dessas pessoas.
Nesse sentido, a Psicologia precisa fazer uma revisão e uma desconstrução dos paradigmas que prevaleceram por décadas e décadas e trabalhar com o imaginário social, no sentido do reconhecimento das potencialidades das pessoas. Como eu disse, a pessoa tem que estar em primeiro plano e a deficiência ser reconhecida apenas como uma diferença individual a mais, entre tantas outras. As pessoas com deficiência são sujeitos de direito e elas têm todos os direitos na sociedade. Elas participam e devem participar de todas as instâncias na sociedade, tendo como referência que são sujeitos de direitos e todos os direitos precisam ser reconhecidos. O envolvimento da Psicologia nessa luta é absolutamente fundamental. Muito obrigada!”
O ato virtual pode ser assistido a seguir: