31 jan Psicologia em Foco no rádio falou sobre Visibilidade Travesti e Transexual
Pesquisa recente da ONG Transgender Europe (TGEu) mostra que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Além do alto número de mortes, as estatísticas dessa população são alarmantes: expectativa máxima de 35 anos de vida; quase 100% das pessoas travestis e trans já sofreram algum tipo de violência e quase metade delas já foram estupradas.
Dia 29 de janeiro foi o dia da Visibilidade Travesti e Trans e para falar sobre o assunto o Psicologia em Foco – programa de rádio do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) em parceria com a Rádio Inconfidência – desta quarta-feira (31), entrevistou a psicóloga Ludmila Cioffi de Mattos. Ela é psicóloga e psicoterapeuta, especialista em Psicologia Humanista Centrada na Pessoa, integrante da Comissão de psicologia, gênero e diversidade sexual do CRP – MG.
“A Psicologia deve contribuir prestando um serviço de acolhimento à população T, focando nas experiências desses indivíduos e não patologizando, ou seja, não tratando como doença uma questão de gênero. Além disso, a Psicologia também contribui elaborando laudos para as pessoas Travestis e trans, que serão utilizados na Retificação de nome”, explicou.
Vivemos em uma sociedade onde o padrão imposto é a heteronormatividade e a cisnormatividade. Segundo Ludmila, a heterossexualidade compulsória obriga as pessoas a estarem dentro de experiências sexuais padronizadas e a cisnormatividade as obriga a estar dentro das identidades padronizadas. “Tudo que foge dessa norma, é visto como aquilo que não pode pertencer à sociedade. A discriminação tem uma função clara, que é vender um projeto único de sujeito, e nós da Psicologia trabalhamos com a ideia de diversidade”, defendeu a psicóloga.