Diálogo sobre pessoas com deficiência pautou última live de 2024

Atividade da série Saúde Mental de Janeiro a Janeiro já está disponível no canal do CRP-MG no YouTube

Psicologia, deficiência e saúde mental: esses foram os temas levantados na transmissão promovida pelo Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) na última terça-feira, dia 10 de dezembro. A conversa integra a série Saúde Mental de Janeiro a Janeiro, disponível no canal do CRP-MG no YouTube.

O diálogo contou com a presença da servidora do Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador da UFMG, Fernanda Moreira, e da pesquisadora em educação pela UFMG, Mônica Rahme. A mediação foi realizada por Abel Passos do Nascimento Júnior, coordenador da Comissão de Orientação em Psicologia e Inclusão de Pessoas com Deficiência do CRP-MG.

O psicólogo Abel Passos reiterou a importância da conversa acerca da atuação da(o) profissional psi com deficiência, entendendo como essa característica interfere no atendimento e na relação com a(o) paciente. Ele também reafirmou o compromisso da autarquia com a pauta levantada: “o CRP-MG aderiu ao projeto que aqui trazemos em 2021 com o objetivo de promover um diálogo interdisciplinar, que valorize a prática psicológica como instrumento de garantia de direitos fundamentais e que tente combater preconceitos e tudo aquilo que possa provocar sofrimento mental”.

A professora Mônica Rahme reconheceu a necessidade de ampliação da inserção da temática na formação de professoras(es) devido ao aumento do número de estudantes com deficiência nas escolas. “Nós temos a clareza que não basta a presença física do aluno na escola, mas também é importante que ele faça parte e pertença a essa escola”, destacou.

Durante o diálogo, Fernanda Moreira relatou como a sua vivência na Psicologia enquanto mulher cega foi atravessada por estigmas, dificuldades e preconceitos. “Apesar das barreiras arquitetônicas da universidade, que eram desafios para o meu trânsito físico dentro dela, dentre outras que encontrei durante o curso, como a dificuldade do acesso à leitura e a limitação imposta pelos professores, consegui lidar com tudo isso e me apaixonar pela área que hoje atuo”, conta.

A psicóloga também ressaltou as dificuldades após o fim da graduação. “Tentam nos impedir de atuar, acreditando que não somos capazes, mas a nossa escuta também é especial e a lei nos protege, assim conseguimos mostrar que temos condições de trabalhar como psicólogas, ainda que sem os olhos perfeitos”, argumentou Fernanda.

A live está disponível, na íntegra, no canal do CRP-MG no YouTube. Assista:



– CRP PELO INTERIOR –