Assembleia Geral de Psicólogas(os) valida realizações do último ano e aprova integralmente as proposições

Gestão apresentou destaques das realizações de setembro de 2024 até o momento

O ano é 2024, já nos meses finais, que se somam a 2025 até aqui. Quantas ações são possíveis de serem realizadas? Um prêmio? Sim. Capacitações para atualizar o atendimento? Sim. Campanhas de valorização da profissão? Também. Articulações para a criação de legislação que atenda aos direitos de todas as pessoas? Com certeza. Trabalhos que promovam melhorias para o atendimento em saúde mental? Sem dúvidas.

Foi exatamente assim este último ano da gestão do XVII Plenário do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), que muito em breve, após a conclusão do processo eleitoral, finalizará seus trabalhos. E para formalizar para a categoria Psi a prestação de contas do período, o conselheiro presidente Ted Nobre Evangelista e a conselheira tesoureira Cláudia Espósito conduziram a Assembleia Geral das(os) Psicólogas(os), realizada nesta quarta-feira, 13.

“Realizamos diversas atividades, campanhas e produções que projetaram a Psicologia, evidenciando sua importância e abrangência diante da sociedade em suas múltiplas áreas de atuação. Atuamos no sentido de orientar a categoria, incentivando a reflexão e a prática profissional, sempre com o compromisso de promover uma Psicologia plural, diversa e inclusiva, alinhada aos direitos humanos”, assinalou o conselheiro presidente na abertura da Assembleia. Para tanto, apresentou dados quantitativos sobre os serviços prestados pelo CRP-MG entre setembro/24 e agosto/25 e, na sequência, ressaltou realizações da autarquia no período.

“Antes de tudo, destaco o reconhecimento público do CRP-MG ao ser homenageado em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em novembro do ano passado, pelas comemorações de seu cinquentenário. Um verdadeiro marco, reforçando a relevância social e a importância da história da Psicologia”, disse Ted Evangelista.

Ações de valorização e orientação

I Prêmio Rosimeire Aparecida da Silva – A Psicologia e os Direitos Humanos
A iniciativa integrou as celebrações do cinquentenário do Conselho e teve como objetivo reconhecer e valorizar as boas práticas desenvolvidas por psicólogas(os), destacando a importância dos Direitos Humanos como pilar essencial da atuação psi.
Ao todo, foram recebidos 41 trabalhos, dentre relatos de experiência e pesquisas.

Campanha institucional pela valorização da profissão no rádio e na internet
CRP-MG colocou no ar juntamente com a rádio alvorada FM a série “Psicologia em Pauta: diálogos sobre saúde mental no dia a dia”, com 5 episódios de videocast para explicar temas que são urgentes para a Psicologia e também para a sociedade.

Renovação da página de perguntas frequentes do CRP-MG
Entre os temas abordados estão: atendimento de crianças e adolescentes, descrições sobre emissão de recibos e notas fiscais e explicações sobre modalidades de documentos psicológicos. Em cada tema é possível acessar as resoluções e legislações que corroboram as respostas. A atualização foi motivada pela necessidade de ampliar o alcance dos assuntos em uma linguagem prática e simples.

Tira-dúvidas Receita Saúde
Ao participar de reuniões com a Receita Federal, o CRP-MG desenvolveu um tira-dúvidas sobre a utilização do aplicativo Receita Saúde, divulgou amplamente os documentos e a live realizada pela autarquia federal e se manteve presente na solução de questões colocadas pela categoria desde então.

Capacitações permanentes para o atendimento de orientação
As comissões de Orientação e Fiscalização, de Ética e de Direitos Humanos promoveram capacitações e reflexões para atualizar as equipes que atendem a categoria em seu fazer ético e técnico. Como exemplo, a reunião ampliada para refletir sobre a interface das diferentes áreas da Psicologia com a Inteligência Artificial (IA) e como essa tecnologia tem sido apropriada e utilizada na atuação profissional, considerando possíveis benefícios e riscos.

Atividade de incidência parlamentar
Participação efetiva em 12 audiências públicas, além de reuniões em gabinetes para incentivar a evolução da Psicologia como ciência e profissão. Entre as principais conquistas está a promulgação das leis nº 25.150/25, Estatuto da Igualdade Racial em Minas Gerais e nº 25.274, que garante psicólogas(os) nas equipes de cuidados paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Principais números

Atendimento administrativo

  • Emissão da 1ª CIP: 3.877
  • Reativação de Registro Profissional: 262
  • 2ª via de Carteira Profissional: 463
  • Transferência: 153
  • Inscrição secundária: 117
  • Troca de CIP provisória por permanente: 1.112
  • Registros efetivados Pessoa Física: 5.802
  • Registros efetivados Pessoa Jurídica: 541
  • Registros cancelados Pessoa Física: 902
  • Registros cancelados Pessoa Jurídica: 54


Atendimento técnico

  • Orientações: 8.509
  • Fiscalizações: 1.564
  • Outras atividades: 321
  • Demandas órgãos públicos, denúncias diversas e outros: 10.394


Processos éticos

  • Julgamentos realizados: 11
  • Representações: 122
  • Processos em tramitação: 446
  • Acordos de mediação realizados: 2


Eventos técnicos e de reflexões da prática Psi


I Mostra Nacional de Práticas Profissionais – Psicologia na Luta pelo Cuidado em Liberdade Ontem, Hoje e Sempre – Etapa Regional”:
104 participantes
II Congresso Mineiro de Psicologia: Direitos Humanos, Cidadania e Profissão: mais de 60 atividades, cerca de 1500 pessoas inscritas, 147 convidadas(os), entre conferencistas, palestrantes, mediadores
12º Congresso Regional da Psicologia (Corepsi): 7 pré-congressos que elegeram delegadas(os) 198 profissionais e 14 estudantes; 214 propostas apreciadas, 82 aprovadas como diretrizes para a próxima gestão do Sistema Conselhos sendo 30 nacionais e 52 regionais; 29 profissionais e 2 estudantes eleitas(os) delegadas(os) para representar a categoria mineira no Congresso Nacional da Psicologia (CNP)


Ciclo de eventos “Psicologia em Foco”

  • Realizado na Subsede Norte: 6
  • Realizado na Sede: 1
  • Realizado na Subsede Centro-Oeste: 6
  • Realizado na Subsede Sudeste: 5
  • Realizado na Subsede Triângulo: 6
  • Realizado na Subsede Leste: 2
  • Número de Participantes: 618

 

Cine Diversidade

Sessões de cinema comentado: 10


Série “Saúde Mental de Janeiro a Janeiro”

Lives: 7


Concurso fotográfico 18 de maio 2025

Participantes: 24


Incidência e participação institucional

  • Representações em reuniões e eventos de articulação e defesa da Psicologia: 162
  • Audiências Públicas: 12


Publicações lançadas e em lançamento

  • Livros: 5
    “Das Diversas Psicologias das Minas”
    “Mercadoria: O Corpo do Louco Morto”
    “Psicologia do Esporte: da formação à profissionalização qualificada (III EMPE)”
    “Burnout, microtarefas e desemprego: impactos psicossociais na saúde mental des trabalhadoras/res”
  • E-books: 5
    “Guia migração, refúgio, tráfico de pessoas e subjetividades” (versão inglês)
    Vol. 1 – Psicologia Escolar e Educacional e a Lei 13.935/2019: compromisso com a educação democrática
    Vol. 2 – Psicologia Escolar e Educacional e a Lei 13.935/2019: compromisso com a educação democrática
    Vol. 3 – Psicologia Escolar e Educacional e a Lei 13.935/2019: compromisso com a educação democrática
    Vol. 4 – Psicologia Escolar e Educacional e a Lei 13.935/2019: compromisso com a educação democrática


Definições

Na Assembleia Geral das(os) Psicólogas(os) ocorrida nesta quarta-feira, 13, a categoria presente aprovou as contas do período – setembro/24 a agosto/25 – e o orçamento para o exercício de setembro/25 a agosto/26, além da baixa de bens.

Para a anuidade de 2026 as(os) psicólogas(os) definiram reajuste de 5,18%. Assim, Pessoa Física passa a pagar R$ 589,22 por ano e Pessoa Jurídica, R$ 794,82. Foram três anos sem reajuste e desta vez aplicou-se o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses.


Interiorizar a gestão

Para além das apresentações feitas na Assembleia, o XVII Plenário ressalta umas das suas principais metas: a interiorização das ações. Nestes três anos, portanto, foi ampliada a realização de atividades nas subsedes e número de comissões temáticas, além de reuniões pontuais demandadas pela própria categoria. O processo de descentralizar a atuação da autarquia culminou na definição da diretoria que agora encerra o triênio: as(os) quatro diretoras(es) são conselheiras(os) do interior do estado que vem se debruçando para elencar pontos de atenção para o XVIII Plenário.

“Nosso estado é marcado por muitos desafios em função de sua extensão, número de municípios e formas de deslocamento entre eles. Mas temos atuado com vigor para fortalecer os espaços de diálogo nos territórios para garantir que as pessoas sejam ouvidas”, pontua a conselheira vice-presidenta Lourdes Machado. Segundo ela, são muitas a desigualdades verificadas pois mais de 75% das cidades tem menos de 20 mil habitantes o que impacta diretamente na qualificação dos serviços. “Nesta diretoria estamos nos debruçando para desenhar sugestões para que a gestão seguinte consiga evoluir com nosso trabalho de interiorização”, completa a psicóloga que representa a região Sudeste.

O conselheiro presidente Ted Evangelista assevera que a formação atual da Diretoria é um dos fortes indicativos dessa atenção com a categoria do interior do estado. “Conhecemos muito bem os problemas enfrentados para atuar nos territórios menores e estamos aqui, nesse fechamento de gestão, concentrados em elaborar sugestões para mitigar esses desafios”, assinala o psicólogo que também traz a representação da região Norte, das pessoas negras e PCD para dentro da gestão.

Entre as maiores barreiras para o trabalho da psicóloga(o) no interior de Minas Gerais está a baixa crença na ciência e na importância de garantir direitos, na visão da conselheira tesoureira Cláudia Espósito. “É com muita honra que vim ocupar a Diretoria, mas também com muita ansiedade para desenhar caminhos possíveis para combater o contexto que temos nos municípios menores. Temos questões que pareciam invisíveis para a sociedade, para governantes, e nosso papel tem sido envidenciá-las”, explica a psicóloga que representa a região Sul do estado.

“Cheguei na Diretoria toda composta por pessoas do interior com um histórico crescente de participação no Conselho e isso foi muito enriquecedor e emblemático. Iniciei minha aproximação em 2013, em função da comissão sobre a política de assistência social pois havia um grande movimento em busca de orientação sobre como atuar no SUAS e era necessário expandir a atuação da autarquia sobre o assunto em todos os municípios”, relembra a conselheira secretária Marleide Marques. Ela sublinha que esta composição de representantes de regiões fora da metropolitana não é por acaso: “estamos aqui para trazer um olhar diferente, para refletir outras realidades de muitas profissionais que estão fazendo seu trabalho com dificuldade, mas com presença e garra”, conclui a psicóloga da região Leste.



– CRP PELO INTERIOR –