18 dez Análise do Comportamento Aplicada é tema de encontro da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-MG
Atividade reuniu equipe técnica e conselheiras(os) com a finalidade de qualificar o trabalho prestado à categoria e à sociedade
Nos dias 2 e 3 de dezembro, ocorreu a última reunião ampliada de 2025, promovida pela Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG).
O evento reuniu conselheiras(os) e trabalhadoras(es) do setor técnico da autarquia, para atualização e troca de experiências. O objetivo foi promover a reflexão coletiva sobre o trabalho da instituição, as pautas centrais do exercício psi e os desafios que atravessam a atuação da equipe de psicólogas de referência técnica e fiscais, da sede e das seis subsedes do Conselho.
Para a presidenta da Comissão Permanente de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-MG, Nayara Teixeira, o momento permitiu a ampliação da escuta e contribuiu para maior transparência, corresponsabilização e construção conjunta de ações entre a COF e a equipe técnica do Conselho.
“O encontro se configurou como um espaço potente de aprendizado, reflexão e troca qualificada. A participação ampliada fortaleceu o debate, trouxe diferentes perspectivas e reafirmou o compromisso ético e político que temos para com a equipe, não deixando de ouvi-la”, conta.

Um dos destaques do evento foi a palestra sobre a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), conduzida pela psicóloga Juliana Campos de Jesus, mestre em Psicologia do Desenvolvimento Humano e pós-graduada em Intervenção ABA no tratamento de pessoas autistas e com deficiência intelectual. Segundo a conselheira Nayara, o tema foi escolhido em função da atualidade e relevância do assunto. “Diante do crescente número de denúncias recebidas pelo Setor de Orientação e Fiscalização do CRP-MG relacionadas ao uso da ABA em atendimentos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista, torna-se mais do que necessário fomentar reflexões que possam subsidiar ações estratégicas de fiscalização e orientação, qualificando a atuação do Conselho perante essas práticas”, pontua Nayara.
A psicóloga ressalta que a principal mensagem deixada pela palestra é a reafirmação da importância de uma atuação psi ética, crítica e contextualizada. “Fica evidente a necessidade de não naturalizar práticas, de problematizar modelos hegemônicos e de colocar no centro do cuidado a dignidade, os direitos e a singularidade das pessoas atendidas”, observa.
Para a gerente técnica do Conselho, Débora Rossi, o encontro foi produtivo. “A atividade promoveu trocas qualificadas entre a equipe técnica e integrou, de forma potente, a perspectiva político-institucional dos conselheiros à experiência prática das profissionais técnicas. Essa articulação fortalece o planejamento institucional e aprimora a qualidade das orientações oferecidas à categoria”, avalia.






