Conselho é convidado a contribuir em duas audiências públicas no interior do estado

Separação de leitos para mulheres que tiveram filhos natimortos e defesa do cuidado em liberdade foram os temas que contaram com o CRP-MG

Nos últimos dias o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) foi convidado para contribuir em dois debates na defesa dos direitos humanos. No dia 31 de março, a conselheira Lorena Rodrigues representou a autarquia na audiência pública sobre o Projeto de Lei CM005/2025, na Câmara Municipal de Divinópolis, que consiste na separação dos leitos tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como também nas redes privadas de saúde para as pessoas que gestaram natimorto e gestantes com óbito fetal. Já no último dia 8 de abril a conselheira Cristiane Nogueira participou da audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Ipatinga, em nome do CRP-MG, sobre internação involuntária de pessoas em situção de rua com uso prejudicial de álcool e outras drogas. Confira as representações:

 

“Questionaram sobre as possíveis consequências. Pois bem, na conclusão de um artigo publicado por um jornal britânico de psiquiatria é ressaltado que existe 81% mais de chances dessas mulheres desenvolverem algum tipo de transtorno mental; que as mulheres que abortam tem 34% mais chance de sofrer ansiedade, 37% mais chance de sofrer depressão, 110% de risco de desenvolver dependência de álcool e 115% mais de chance de tentar o auto-extermínio. Então vemos o impacto que esse PL pode ter para inclusive evitar danos maiores. Ele tem um caráter preventivo”, destacou a conselheira do CRP-MG, Lorena Rodrigues.

 

“Nós precisamos trabalhar com baixas expectativas e com a construção de projetos possíveis junto com essas pessoas, e não por essas pessoas. O que nos autoriza a avaliar a capacidade de decisão de uma pessoa? Como que a sociedade vai criar critérios para fazer isso? Precisamos refletir se estamos aprendendo com as experiências do holocaustro que tivemos no país e no mundo ao tentar fazer da internação uma política pública. Enquanto profissional de saúde que sou, não salvo vidas. Eu oferto cuidado e caminho com essas vidas enquanto estiverem aí. Por uma sociedade sem manicômios porque a liberdade é terapêutica”, sublinhou a conselheira do CRP-MG, Cristiane Nogueira.



– CRP PELO INTERIOR –