17 nov CRP-MG e outros conselhos profissionais de saúde se posicionam contrários à graduação à distância
Conselheiro Márcio Damasceno representa CRP-MG em audiência pública sobre EAD na saúde. Foto: Clarissa Barçante
Autarquias participaram de audiência pública na ALMG e reafirmaram posicionamento unânime
O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) levou seu posicionamento contrário à modalidade de ensino à distância para a graduação na saúde em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira, 14. Ao lado de outros conselhos profissionais, elencou diversos pontos críticos na formação e impactos para a população, durante a reunião conjunta das Comissões do “Trabalho, da Previdência e da Assistência Social” e de “Educação, Ciência e Tecnologia”, solicitada pelos presidentes dessas duas comissões, deputado Betão (PT) e deputada Beatriz Cerqueira (PT). Confira aqui as fotos.
“Psicologia se faz com presença e que bom que estamos aqui com uma equipe multiprofissional que quer garantir um serviço de qualidade para nossa sociedade”, assinalou Márcio Damasceno, conselheiro coordenador da Comissão de Orientação em Psicologia e Formação Profissional do CRP-MG. Segundo ele, a graduação à distância, adotada como medida emergencial durante a pandemia, não deve justificar o EaD, ainda mais para a área da saúde: “não é possível fazer uma profissão inserida em ambientes e contextos dos mais diversos sem a vivência das dimensões políticas, sociais e culturais. A formação exige contato. Precisamos nos relacionar. A teoria só funciona com a prática. Portanto o Sistema Conselhos de Psicologia, a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (Abep) e demais entidades da área são categóricas em defender o ensino presencial, sem negar que seja possível a utilização das tecnologias como complemento”.
Os deputados Betão e Leleco Pimentel (PT) consideraram graves as informações apresentadas e afirmaram ser urgente a tomada de providências para que o EaD não prospere. A deputada Macaé Evaristo (PT), vice-presidenta da Comissão de Educação, falou da importância da discussão: “Lutamos muito pela educação e pelo acesso ao ensino superior. Mas não adianta dizer que tem oferta com a modalidade do ensino a distância quando o que se oferece é um simulacro de educação.” O deputado Coronel Henrique (PL) também se mostrou contrário à oferta da modalidade na Saúde dizendo que os impactos são desastrosos, com a baixa qualificação dos profissionais.
Assista aqui a audiência:
