14 set CRP-MG produz cartilha com orientações sobre publicidade profissional
Material é de fácil consulta e tem enfoque alinhado ao contexto de ampla utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
Com os objetivos de nortear a categoria e fomentar boas práticas, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) produziu a publicação “Orientações sobre publicidade profissional”. O material completo está disponível no site da autarquia e, no dia 12 de setembro, também teve início uma campanha de divulgação do conteúdo nos perfis no Instagram e Facebook.
O conselheiro presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-MG, Luís Cunha, destaca que o material é fruto de um trabalho feito a muitas mãos: “contamos com as contribuições de toda equipe técnica e das conselheiras e conselheiros que integram a COF, em uma forma de atuação alinhada às diretrizes ético-políticas do Plenário”.
A psicóloga fiscal no CRP-MG e responsável pela organização do material, Carolina Braga, explica que a motivação para produzi-lo surgiu com o aumento significativo do uso das redes sociais pelas(os) psicólogas(os) durante a pandemia de Covid-19. “Nós começamos a receber muitos questionamentos sobre a utilização que a categoria estava fazendo das redes e observamos que em muitos casos não eram consideradas as referências da profissão”, contextualiza.
Segundo a psicóloga fiscal, o material toma como ponto de partida o que está previsto no Código de Ética da(o) Psicóloga(o) e contempla as questões que suscitam mais dúvidas entre as profissionais. Na cartilha, são discutidos assuntos como menção a títulos e qualificações, associação do exercício profissional a técnicas/práticas reconhecidas, referência a valores, sigilo, divulgação sensacionalista e perfis em redes sociais, entre outros.
O processo de produção das orientações também envolveu um amplo trabalho de pesquisa. “Buscamos materiais sobre o assunto, pesquisamos como outros conselhos profissionais estavam lidando com o tema, fizemos muitas discussões no âmbito da COF”, relata Carolina Braga. Antes de finalizar a cartilha, a Comissão publicou também o artigo “Publicidade profissional: impasses, responsabilidade e possibilidades”, na Revista CRP Minas Gerais, como uma primeira abordagem junto à categoria. A Comissão aguardou ainda a publicação da “Nota Técnica sobre Uso Profissional das Redes Sociais: Publicidade e Cuidados Éticos”, pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Dessa forma, o material elaborado pelo CRP-MG está em consonância com as instruções divulgadas pelo CFP.
“Fizemos uma reflexão bem cuidadosa, para não apontarmos apenas proibições ou adotarmos parâmetros muito rígidos, mas apresentarmos limites. A proposta é incentivar a(o) psicóloga(o) a fazer a reflexão a partir da nossa profissão e não do que está em moda nas redes sociais”, avalia o conselheiro Luís Cunha.
