21 fev CRP-MG realizou atividades relacionadas ao contexto de Brumadinho nos dias 16 e 17/2
Encontros contaram com participação de psicólogas(os) e representantes de instituições públicas e organizações sociais
Nos dias 16 e 17 de fevereiro, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) e o Conselho Federal de Psicologia promoveram um conjunto de atividades relacionadas à atuação em situações de emergências e desastres, com enfoque na situação enfrentada por Brumadinho. No dia 25 de janeiro a barragem da Mina do Feijão, localizada no município, se rompeu e provocou a morte de 169 pessoas. Até o dia 20 de fevereiro, 141 pessoas continuavam desaparecidas.
Sábado de atividades em Belo Horizonte – Na manhã do dia 16/2 foi realizada uma oficina na sede do CRP-MG. O encontro reuniu um público de 70 pessoas e contou com as presenças da conselheira e coordenadora da Comissão de Psicologia de Emergências e Desastres do CRP-MG, Mariana Tavares; das conselheiras do Conselho Federal de Psicologia, Júnia Lara e Elizabeth Lacerda; e do psicólogo e membro convidado do CFP na Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social, Joari Carvalho.
O encontro foi transmitido pela internet e está disponível, na íntegra, na página do CRP-MG no Facebook. Joari fez uma apresentação sobre a atuação da Psicologia nas Emergências e Desastres e na Gestão Integral de Riscos. A atividade foi marcada pela participação do público e pela discussão sobre o papel das instituições públicas em situações como a enfrentada por Brumadinho.
No período da tarde, houve uma reunião com representantes das comissões do CRP-MG. “Foi uma primeira abordagem para criarmos a transversalidade das ações do Conselho nos territórios que sofreram essas catástrofes”, explica a conselheira Mariana Tavares.
Domingo de atividades em Brumadinho – As ações no domingo, 17/2, contaram com a participação de cerca de 100 pessoas, entre representantes de movimentos sociais, trabalhadores, moradores da região, estudantes e psicólogas(os) que estão atuando junto à população atingida, tanto nas políticas públicas, quanto em consultórios particulares.
A conselheira Mariana Tavares explica que os grupos sociais presentes puderam relatar suas experiências. “Houve um momento muito importante de estabelecimento de pactos relacionados ao fluxo dos atendimentos, que devem ser coordenados pelo Serviço de Saúde Mental de Brumadinho, de forma a garantir uma mesma linha de atuação”, reforça a conselheira.
Na tarde de domingo, as atividades aconteceram na Câmara Municipal. Joari Carvalho abordou a importância da participação popular e da atuação preventiva em emergências e desastres. Em seguida, Débora Noal, representante da organização Médico Sem Fronteiras, apresentou o manual desenvolvido por 20 instituições humanitárias sobre a atuação no primeiro mês após a ocorrência de grandes desastres.
Segundo Mariana, o conhecimento acumulado por essas instituições chama a atenção para a importância do trabalho coletivo nessa etapa. “São orientações muito objetivas, que colocam a Psicologia num lugar de uma relevância técnica, ética, teórica, mas não necessariamente ela tem que ser ofertada todo o tempo considerando que as pessoas têm seus próprios recursos e devemos estimulá-los, para que as pessoas busquem sua própria superação e organização comunitária”, explica a conselheira.
Acesse os conteúdos utilizados nas atividades:
Fotos das atividades realizadas em Belo Horizonte em Brumadinho.