17 ago Encontro aponta implicações entre Psicologia e Democracia
A programação de atividades alusivas ao Dia da(o) Psicóloga(o) segue com temáticas urgentes
O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) dá continuidade à realização de atividades presenciais por todo o Estado e também na modalidade on-line para chegar até onde a categoria está. Confira a programação completa.
Neste mês, quando se celebra o Dia da(o) Psicóloga(o), 27 de agosto, a autarquia recebeu a série de lives do Instituto Silvia Lane “Tarefas da Psicologia para a Democracia”. Na quarta-feira, 16, a presidenta do Instituto e professora da PUC-SP, Ana Bock, e a doutora e mestra em Psicologia, Larissa Amorim Borges, participaram do diálogo, mediado pela conselheira presidenta do CRP-MG, Suellen Fraga.
Ana Bock explicou o objetivo da ação: “ressalto que essas tarefas se baseiam no combate a todas as formas de desigualdade. Este é um princípio da Psicologia comprometida com a sociedade brasileira”. Segundo a presidenta do Instituto Silvia Lane, o combate ao racismo e a busca por soluções para a fome são questões obrigatórias. “Temos que refletir sobre o porquê aceitamos a existência da fome entre nós”, alertou a psicóloga.
A conselheira presidenta do CRP-MG ressaltou o vigor do pensamento de Ana Bock ao trazer uma linearidade de ações para a Psicologia enquanto ciência profissão. “Fica explícito para nós que a democracia é uma possibilidade de vida igualitária e que essa igualdade é o caminho de maior potência para vida humana e, por consequência, para a saúde mental das pessoas. Nossa Psicologia tem tarefas tanto no âmbito privado como público a partir de uma lente democrática e cumprimento do nosso Código de Ética”, assegurou Suellen Fraga.
Larissa Amorim completou a fase de reflexões provocando o público sobre o que entendem como democracia. “O que uma mulher do interior do Estado entende por democracia? Como é isso para uma mulher estuprada por cinco homens, para um homem que está preso, para uma pessoa LGBT que é violentada na rua, para uma mãe que teve o filho morto pela violência policial, ou para uma criança que passou por violação sexual, até mesmo por um adolescente que viu sua mãe ser assassinada pelo seu pai?”, advertiu a psicóloga. Diante da série de ausências da democracia no país, Larissa defendeu que é preciso lutar para avançar num estado real de bem-estar social.
A live, na íntegra, está disponível a seguir: