19 dez Frustrações por metas não cumpridas foram abordadas no programa de rádio
“Parar de idealizar não significa deixar de desejar”
A agitação do fim do ano pode causar diversos impactos no comportamento das pessoas. É o que aponta a pesquisa da Associação Internacional de Gerenciamento de Stress (Isma). O estudo revela que o nível de estresse da população brasileira sobe, em média, 75% em dezembro. Fatores como gastos excessivos, muitos compromissos e reuniões familiares saltam entre os motivos causadores dessa problemática. Nesta quarta-feira, 18, o assunto foi abordado no Psicologia em Foco no Rádio, em entrevista com a psicóloga, psicanalista e doutora em Psicologia Social, Paula de Paula.
Ouça o programa:
Lembrar das metas que não foram cumpridas e, consequentemente, criar expectativas para o que estar por vir podem se tornar impasses no final de ano. Paula de Paula ressalta que o problema, neste sentido, está na super idealização criada para além das condições reais postas no momento. “Parar de idealizar não significa deixar de desejar, nem deixar de querer progredir e de gozar de vitórias. Às vezes o proposito está muito próximo do ideal midiático, de um ideal de sucesso que a sociedade coloca”, observa.
Para a psicóloga, avaliar quais foram os desafios vividos ao longo do ano também é um fator importante para impedir que a frustração tome conta dos sentimentos. “Tem coisas que acontecem ao longo do ano que a gente não tinha considerado, como um desemprego, uma doença, alguém que a gente ama que precisou da gente, um desafio no trabalho que não estava colocado, um outro posto que você assumiu que você não esperava”, pontua.
Neste contexto, a doutora destaca o lugar que as(os) psicólogas(os) devem assumir: “a Psicologia oferece a possibilidade que você possa aprender a lidar mais com suas expectativas, com a sua vida, com os seus dessabores e desilusões”, conclui.
Sobre o programa – O Psicologia em Foco no rádio vai ao ar toda quarta-feira, 12h30, na frequência 880 AM ou no site www.inconfidencia.com.br. É fruto de uma parceria do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) e a Rádio Inconfidência.
