Live especial aborda os pilares da saúde mental da categoria psi

Transmissão integrou as comemorações do Dia da(o) Psicóloga

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou, na última terça-feira, 29/8, a live “Diálogos sobre a saúde mental das(os) psicólogas(os): quais os pilares a sustentam?”. A atividade reuniu profissionais da área e interessados(as) em compreender melhor os fatores que alicerçam a saúde mental no contexto do exercício da Psicologia.

A transmissão contou com a participação da psicanalista e supervisora clínica na saúde mental, Cristiane Barreto, e da psicóloga, ex-conselheira do CRP-MG e integrante da gestão do Psind (Sindicato das Psicólogas e Psicólogos de Minas Gerais), Odila Braga.

A mediação foi feita pelo coordenador da Comissão de Orientação em Psicologia, Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do CRP-MG e militante da Luta Antimanicomial, Pedro de Paula.

“As questões estruturais do sofrimento psíquico da categoria profissional de psicólogas(os) se referem a algo que caracterizo como um sofrimento tecnológico, que diz respeito a pontos relativos à produção do conhecimento, à pesquisa e a questões éticas do nosso campo”, frisou Odila Braga.

Cristiane Barreto trouxe para o diálogo discussões sobre o capital e a interface política em diálogo com o compromisso da profissão. “Considero que é importante não deixar de colocar uma problematização sobre como os psicólogos são tratados no mundo contemporâneo pelas políticas públicas e como eles podem tratar de construir espaços éticos nessas políticas, para que o trabalho da Psicologia possa realmente advir”, enfatizou.

O mediador, Pedro de Paula, argumentou sobre a essencialidade da categoria trazer para o fazer profissional pontos estruturais do contexto de construção da sociedade brasileira. Assim, é considerado o histórico de violações sociais, em prol de um olhar amplo e potente para o que a Psicologia pode construir:

“Quando falamos de um sistema de resgate de cultura, de liberdade e de respeito intrínseco à condição humana, o que temos é a construção do que lutamos para elencar como política pública: o serviço substitutivo. Que é uma outra forma de se organizar no mundo, com outra leitura da realidade, que se debruça e leva em conta sobretudo o sofrimento do outro”, concluiu.

Assista a íntegra:

Série Janeiro a Janeiro – O evento realizado mensalmente pela autarquia, por meio da Comissão de Orientação em Psicologia, Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, sugere que a temática precisa ser permanente, em todos os níveis de cuidado, com foco não apenas no indivíduo e suas subjetividades, mas em todas as coletividades, de maneira a fazer o enfrentamento de todas as situações que impactam severamente a vida da população.



– CRP PELO INTERIOR –