Mesa discute interações e desafios da avaliação psicológica e neuropsicológica

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais realizou na última quarta-feira, 17/4, o Psicologia em Foco, com o tema “Avaliação psicológica e neuropsicológica: interfaces e limitações”. As semelhanças e as diferenças desses instrumentos e a aplicabilidade por profissionais da área foram discutidas.

A mesa foi composta pela psicóloga clínica, Natércia Moura, que também é mestre em educação, e o psicólogo Akauito Elcino, pós-graduando em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico, com especialização em andamento em Neurociência.

Assista ao debate na página do CRP-MG no Facebook.

Natércia apontou as definições de fenômenos psicológicos e funções mentais. De acordo com a psicóloga, apesar de diferentes, esses termos se relacionam e são importantes quando se discute avaliação psicológica e neuropsicológica.
“Nós conseguimos pensar esses conceitos separados, mas se nós conseguirmos desmembrar ao redor deles, vamos ver que de certa forma estão interligados, não tem como pensar um sem pensar o outro”, afirmou.

A ausência de análises mais amplas nas avaliações psicológicas das(os) profissionais foi um dos pontos destacados por Natércia. “Há uma tendência a focar apenas nos aspectos emocionais, familiares ou em uma investigação de perfil de personalidade. Se desconsidera a outra parte, que é a cognitiva”, enfatizou.

Na sequência, o psicólogo Akauito Elcino deu maior foco na avaliação neuropsicológica e suas características, e reafirmou a interação entre os dois instrumentos de avaliação.

“A avaliação neuropsicológica tem uma especificidade um pouco diferente, mas ao mesmo tempo convergente com a avaliação psicológica. Se eu tento entender um fenômeno, há uma investigação técnica e científica. Técnica porque domina um procedimento, científica porque ela tem que ser embasada. Então não é redundância falar da junção desses dois conceitos”, explicou.

O psicólogo também alertou sobre a demanda das escolas por avaliações neuropsicológicas. Segundo Akauito, o termo está em voga, mas em geral as instituições não sabem a diferença entre avaliação neuropsicológica e avaliação psicológica. Nesses casos, diante da demanda apresentada, cabe à(ao) psicóloga(o) orientar sobre qual instrumento é o mais adequado.

A mesa foi mediada pelo conselheiro e coordenador da Comissão de Avaliação Psicológica do CRP-MG, Délcio Guimarães.



– CRP PELO INTERIOR –