Movimentos sociais da Luta Antimanicomial trazem mensagem de esperança para o 18 de maio

Cortejo acontece na quinta-feira, 18, com concentração na praça da Liberdade, a partir das 13h30. Desfile seguirá até a praça da Estação

“Nosso bloco, nossa escola de samba voltam a encher as ruas de Belo Horizonte de cores para fazer contar poeticamente uma história de resistência, sobrevivência e renascimento construída a tantas mãos. Depois de alguns 18tões agarrados à fortaleza de resistir, do não se deixar quebrar, voltamos mais fortes e esperançosos, em um outro cenário, novos dias e horizontes. Foram seis anos nefastos em meio ao caos do ódio, da discriminação e das flores da morte. Mas a democracia cantou nos trazendo de volta à luz, fazendo nossa esperança em uma sociedade sem manicômios renascer e dar frutos: frutos doces e tantans que adoçarão esse 18 de maio tão esperado.”

Com esta mensagem, o Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM), a Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental (ASSUSSAM) e a Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA) avisam que na próxima quinta-feira, 18, haverá o desfile da escola de samba Liberdade Ainda Que TanTan. A concentração será às 13h30, na praça da Liberdade, em Belo Horizonte e o cortejo seguirá até a praça da Estação, na região central. “Plantando esperança, reflorestando o amanhã: pessoas são para dar frutos doces e tantans” é o tema deste ano e o samba enredo escolhido leva o título “O pulo do cavalo azul ninguém cancela”, criado pelo Centro De Convivência Barreiro.

A manifestação artística que dá voz às(aos) usuárias(os) da Saúde Mental de Minas Gerais, familiares e trabalhadoras(es) que nela estão inseridos, contará com a participação das alas “O povo que não conhece sua história está condenado a repetir o passado e a feiúra do manicômiio”, “Dê-lírios: nada de nós sem nós”, “Das favelas aos yanomami, seu ancestral é uma criança”, “Espinhos pelo caminho, ervas daninhas pelo chão: redução de danos é ética de cuidado em liberdade. proibicionismo é morte e destruição” e “Sem anistia, sem milico: não arredar o pé da luta, buscar no fundo da loucura a semente da liberdade”.

O desfile do 18 de maio conta historicamente com o apoio do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), que também integra o FMSM, apresentando à população a luta por uma sociedade sem manicômios em vestes, máscaras, cartazes e melodias. As denúncias dos retrocessos e ataques à Saúde Mental e ao SUS, da extinção de políticas sociais e do abandono das populações mais vulneráveis são o centro de atenção da manifestação.



– CRP PELO INTERIOR –