24 out Programa de rádio do CRP-MG trouxe os impactos da polarização política nas relações
Neste domingo, 28/10, acontecerá o polarizado segundo turno das eleições presidenciais brasileiras. Atento a esse contexto, o Psicologia em Foco no rádio desta quarta-feira, 24/10, abordou questões envolvendo o uso do discurso de ódio na corrida presidencial como suporte a discriminação e violência. A entrevistada da semana foi a psicóloga Paula de Paula, doutora em Psicologia Social e professora da PUC Minas.
Disseminação de notícias falsas, publicações ofensivas na internet e ataques nas ruas são exemplos de violências que os brasileiros têm enfrentado e produzido nessas eleições. Paula de Paula comenta que o discurso de ódio, muitas vezes legitimado pelos próprios candidatos, influencia e origina tais ações.
A psicóloga explica que “ele ocorre, principalmente, devido ao desejo das minorias de serem tratadas com igualdade, quererem sua visibilidade e estarem dispostas a lutarem por ela.Tudo aquilo que é diferente de mim ou que tem alguma possibilidade de me frustrar, eu tendo a ter ódio”. Ela evidencia que isso incomoda e serve de ameaça a alguns grupos.
Tudo aquilo que é diferente de mim ou que tem alguma possibilidade de me frustrar, eu tendo a ter ódio
Paula de Paula aponta também que a deslegitimação dos meios de comunicação tradicionais e a valorização do Whatsapp foram meios encontrados para autorizar hostilidades envolvendo as eleições: “Esta ferramenta, fundamentada por notícias falsas, deu oportunidade para sedimentar, alienar e radicalizar os extremos”, completa.