Psicologia em Foco

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial – 18 de maio, é uma data central para se reafirmar a luta por uma sociedade sem manicômios. No mês em que se comemora a data, o “Psicologia em Foco” abordou os principais desafios colocados para o movimento antimanicomial e o processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil. O programa contou com a participação da psicóloga clínica e militante do Fórum Mineiro de Saúde Mental, Marta Elizabete de Souza.

Segundo Marta Elizabete, a Reforma Psiquiátrica, que começou no final dos anos 70,significou uma maior democracia entres as pessoas e a inclusão das diferenças no meio familiar e social. “A Reforma Psiquiátrica significa um modo de melhorar o nosso processo civilizatório”, disse.

A psicóloga explica que a assistência prestada ao portador de sofrimento mental mudou bastante com a Reforma Psiquiátrica. Antes, a única alternativa era a internação em hospitais psiquiátricos ou manicômios, restando a esses sujeitos a exclusão: “são instituições que segregam pessoas, que estigmatizam e apartam a pessoa do seu meio social”, destacou.

Com o processo da Reforma Psiquiátrica, o atendimento aos portadores de sofrimento mental passa a ser integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que trouxe avanços significativos. Esse processo também contribuiu para a desconstrução do “mito” de que a pessoa com transtorno mental deve ser isolada.

A psicóloga chamou atenção para a necessidade dos governos federal, estadual e municipal efetivarem os serviços da rede de saúde mental, através de investimento na contratação de pessoal e da oferta de novos serviços. “A luta é permanentemente e o diálogo precisa ser constante com a sociedade”, afirma.

Para ouvir a entrevista na íntegra, utilize o player abaixo:

“Psicologia em Foco” é uma produção do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais, em parceria com a Rádio Inconfidência, transmitido às quartas-feiras, de 12h30 às 13h na sintonia AM 880.



– CRP PELO INTERIOR –