Psicologia reivindica convocação de concursadas(os) para a Polícia Civil durante audiência pública na ALMG

CRP-MG esteve ao lado do PSind-MG fazendo exposição contra precariedade do trabalho e por mais espaços de qualidade para psicólogas(os) na carreira da polícia

A audiência realizada nesta terça-feira, 10, pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), contou com a participação do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG). A reunião debateu a necessidade de nomeação e convocação de candidatas(os) aprovadas(os) no último concurso para analista da Polícia Civil, na especialidade Psicologia, tendo em vista a sobrecarga dos servidores. Assista aqui

Articulada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), a reunião resultou na aprovação de um plano de trabalho no âmbito do programa “Assembleia Fiscaliza: gestão de recursos humanos no setor público e realização de concursos públicos” e terá como relator o deputado estadual Leonídio Bouças (PSDB).

Cristiane Nogueira defende, em nome do CRP-MG, mais vagas para psicólogas(os) na Polícia Civil. Foto: ALMG

A defesa feita por todas(os) as(os) expositoras(es) para ampliação do quadro de psicólogas(os) se fundamenta na precariedade do atendimento prestado à população e no adoecimento mental dos policiais civis. A conselheira do CRP-MG, Cristiane Nogueira, representou a autarquia e reforçou a urgência de constituir espaços contínuos de debate e garantia de vagas e condições de atuação.

“Hoje é Dia Mundial da Saúde Mental. Depois da pandemia ficou inegável a necessidade do cuidado não só com as questões físicas, mas com a saúde mental. Esta é uma pauta sindical, mas o Conselho se preocupa tanto com a saúde mental das(os) psicólogas(os) – a forma de tratamento, as condições de trabalho -, quanto com a da sociedade como um todo. Entendemos e reconhecemos que as(os) psicólogas(os) são profissionais por excelência neste campo. Defendemos, portanto, a ampliação do quadro de servidoras(es) da Psicologia pensando na atuação diversa – atendimento a servidores, famílias e vítimas. É fundamental que haja uma ampliação quantitativa e qualitativa de profissionais”, asseverou Cristiane Nogueira na audiência.

A conselheira do CRP-MG ainda marcou um incômodo da autarquia: “nossa categoria precisa de ações como essa audiência para dar visibilidade à nossa profissão. Vejam que esse concurso não tem cargo de psicóloga(o), mas de analista. Isso poderá gerar uma confusão de demandas, de atividades e até mesmo afastar a(o) profissional do que é mais concernente à sua atuação, ao que está garantido e exigido no Código de Ética”, analisou a conselheira.

A psicóloga prosseguiu em defesa da categoria. “Enquanto encaminhamento, conversando com o Sindicato, sugerimos a constituição de uma comissão que possa discutir essas pautas pensando nas condições de trabalho e nas diversas formas de assédio. De maneira que possamos avançar não só em setembro, quando abordamos com mais destaque a prevenção do suicídio; não só em outubro, quando temos a data da saúde mental, mas reconhecer que essa é uma condição fundamental para a qualidade de vida de todas as pessoas”, concluiu Cristiane Nogueira.

Entre as(os) demais representantes da Psicologia, também fez exposição na audiência Jennifer Santos, presidenta do PSind-MG. Ela denunciou que não há servidores efetivos da categoria nas 69 delegacias de atendimento à mulher. Segundo Jennifer, as(os) psicólogas(os) que atuam nessas unidades são cedidas(os) pelas prefeituras.



– CRP PELO INTERIOR –