Reflexões sobre visibilidade de travestis e transexuais são compartilhadas em programa de rádio

Dia 29 de janeiro, terça-feira, foi marcado o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais – uma data que propõe o olhar sensível sobre a exclusão e a discriminação que essa população sofre cotidianamente.

Pesquisa recente da ONG Transgender Europe (TGEu) mostra que o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo.

Para refletir sobre o assunto, o Psicologia em Foco no rádio desta quarta-feira, 30/01, entrevistou a psicóloga Dalcira Ferrão. Ela é conselheira presidenta e coordenadora das comissões Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual e Psicologia e Relações Étnico-Raciais do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG).

Ouça a entrevista completa.

Dalcira explica que as pessoas transexuais e travestis são vítimas de muita violência, pois incomodam parte da sociedade hipócrita, conservadora, machista e transfóbica. “São mudanças que são visíveis, que existem, e que acabam tocando em pontos que a sociedade que não quer tocar”, afirma.

Segundo Dalcira, as abordagens envolvendo sexualidade e gênero ainda são tabu e as respostas que se têm para esse temas envolvem o ódio e a violência. “Essas pessoas não estão sendo apenas assassinadas, estão sendo exterminadas de forma cruel – apenas por serem travestis ou trans.”

Dalcira reflete que a Psicologia pode e deve contribuir muito para o acolhimento durante o processo de transição da pessoa transexual. “Isto pode ser feito através da escuta, da reflexão e, também, realizando sempre a qualificação desse processo de aconselhamento. É preciso que sejamos capazes de entender o outro, o que ele sente”, adiciona a conselheira presidenta do CRP-MG.



– CRP PELO INTERIOR –