26 set Seminário repercutiu Pierre Sanchis e leituras da religiosidade brasileira
Evento propôs perspectivas para o olhar da Psicologia sobre a religião
Nesta segunda-feira, 24/9, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), em parceria com o Laboratório de Análise em Processos de Subjetividade (LAPS/UFMG), promoveu o seminário “Leituras da religiosidade brasileira: Pierre Sanchis, entre a cultura e a Psicologia”.
O seminário foi pautado pela obra do professor Pierre Sanchis, que contribuiu de maneira marcante com a reflexão sobre a religião na cultura brasileira e é uma referência fundamental para quem procura entender as matrizes religiosas e sua função na produção de sentido da sociedade.
O conselheiro e coordenador da Comissão de Psicologia, Laicidade, Espiritualidade, Religião e outros Saberes Tradicionais do CRP-MG, Reinaldo da Silva Júnior, avaliou que o encontro foi importante para a Psicologia porque produz uma ponte interdisciplinar necessária ao estudo da religião. “Precisamos compreender a dimensão subjetiva das pessoas de uma forma coletiva. Pierre Sanchis se debruçou sobre o fenômeno religioso com muita propriedade e faz com que nós enriqueçamos o olhar que a Psicologia tem sobre a dimensão da religião”, pontuou.
O doutor em Psicologia e professor da UFMG, Miguel Mahfoud, participou da primeira mesa redonda e afirmou que a Psicologia tem tido muita dificuldade de trabalhar com a experiência religiosa porque é uma prática de transcendência, que pede uma retomada de novos pontos de referência. “Pierre Sanchis fez essa articulação para o pessoal e o social, entre o significado para o sujeito e como isso está ancorado na vida social”, acrescentou. De acordo com o professor, o seminário foi imprescindível, pois os alunos precisam pensar a experiência religiosa de uma forma mais complexa e os professores têm o desafio de achar instrumentos para repensá-la.
O seminário contou com a participação de mais de 70 pessoas, além das contribuições e articulações de Orestes Diniz Neto, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich); Geraldo José de Paiva, professor da Universidade de São Paulo (USP); Léa Freitas Perez, professora e pesquisadora do Centro de Estudos da Religião Pierre Sanchis/UFMG; Eloisa Borges, professora da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG); Mauro Passos, professor e pesquisador do Centro de Estudos da Religião Pierre Sanchis/UFMG; Delba Teixeira Rodrigues de Barros, professora da UFMG e Eduardo Gontijo, professor da UFMG.