18 de maio: movimento pela loucura em liberdade volta às ruas de BH

Cerca de 2 mil pessoas ocupam a região central para manifestar contra desmontes das políticas de saúde mental

Usuárias(os) de saúde mental e familiares, trabalhadoras(os) nos equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Minas Gerais e coletivos apoiadores da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial do estado voltaram às ruas neste 18 de maio, para dar um recado bem nítido à sociedade e aos governantes: o movimento da Luta Antimanicomial permanece atento às ações contra si, aguerrido, consciente de sua força, colorido e numeroso. Cerca de duas mil pessoas se concentraram na praça Afonso Arinos, região central de Belo Horizonte, e seguiram em cortejo até a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, com parada em frente ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, cantando o samba-funk “Desmascarando a hipocrisia: Loucura é verso, e liberdade, poesia!”, de Tatá Santana e coletivos do Centro de Convivência Nise da Silveira e CAPS IJ, de Ribeirão das Neves. Clique aqui para ouvir .

Entre cantos e palavras de ordem, as(os) participantes questionaram os discursos de ódio, as fake news, os pedidos pela volta do regime militar, a intolerância ao diverso e, sobretudo, manifestaram contra o esvaziamento das instâncias de participação popular, a extinção das políticas sociais, o desfinanciamento e sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a nomeação de uma representante do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) para gerir as políticas de saúde de Belo Horizonte.

Confira aqui a carta lida em frente à Secretaria Municipal de Saúde.

Saiba mais sobre o 18 de maio – Os desfiles alusivos ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial são organizados pelo Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM), Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental (ASUSSAM) e Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA), contando com o apoio do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) e da Cáritas Brasileira. Em todos os anos, o bloco “Liberdade Ainda que Tan Tan” sai pelas ruas da capital mineira entoando sambas-enredos com tons politizados, clamando por uma sociedade sem manicômios. Compõem as manifestações vestes, máscaras e cartazes em defesa da loucura em liberdade. Confira as imagens do ato neste ano, acesse aqui.



– CRP PELO INTERIOR –