“A Psicologia implicada no combate à invisibilidade do trabalho escravo”: entenda o que foi pautado em live

A transmissão levantou questões sobre o fazer da Psicologia a respeito da temática

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou, em seu canal no youtube, a live que pauta o que pode a Psicologia na contribuição do combate à invisibilidade do trabalho escravo.  A transmissão ocorreu na última quarta, 13. A conversa elucidou pontos que conversam com a questão e trouxe um olhar amplo sobre as especificidades do tema. O diálogo abordou as decorrências das condições de trabalho análogas a escravidão e promoveu um espaço ético de reflexão sobre o tópico.

Para o colóquio foram convidadas(os):

Diana Ferreira – Psicóloga,  com especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Administradora. Desenvolve programas de Gerenciamento  de Estresse Ocupacional em empresas. Atua na ASMEC- Organização  da Sociedade Civil na capacitação,  qualificação  e inclusão  no mercado de trabalho de grupos em situação de vulnerabilidade social. Membro da Comissão de Orientação de Psicologia Organizacional e do Trabalho, do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais.

Juliana Marcondes – Auditora-Fiscal do Trabalho, com formação em Direito. Sub coordenadora do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico e integrante da equipe de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais. Participo do planejamento e acompanhamento das ações de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo no âmbito doméstico no estado de Minas Gerais.

Waldeci Campos – Coordenador da Comissão Pastoral da Terra-CPT/MG. Licenciado em Educação do Campo/Pedagogia da Terra (FaE/UFMG)

A mediação foi de Maria do Carmo Costa  – Psicóloga, Professora no Ensino Superior, Mestre em Administração, com especialização em Psicologia das Organizações e do trabalho, membro da Comissão de Orientação de Psicologia Organizacional e do Trabalho, do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais.

As reflexões –   Waldeci Campos, abordou as questões que caracterizam o trabalho como escravo. Trouxe dados sobre as situações laborais e o que faz de uma atuação, um serviço análogo a escravidão. Campos ainda reforçou: “é importante que cada um de nós, nos sintamos responsáveis por denunciar essa situação. Realizar a ligação pelo Disque 100, entrar em contato com a CPT/MG, além dos outros canais de denúncia”, completa.

Maria do Carmo Costa contribuiu com a conversa reiterando: “comumente são noticiadas as mais variadas formas de relações com as práticas de exploração e dominação do trabalhador.  Todas com singularidades próprias. Seja na confecção, no trabalho doméstico, nas fazendas agrícolas, dentro outros tipos de envolvimentos que trabalham com estas práticas de exploração”, revela.

Juliana Marcondes enquanto sub coordenadora do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico e integrante da equipe de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais ratifica: “quando há a caracterização do trabalho análogo ao escravo nós realizamos: o afastamento da empregada trabalho, o resgate da trabalhadora, a notificação do empregador para pagamento das verbas rescisórias e a emissão das guias de seguro e desemprego, além do encaminhamento e comunicação aos órgãos de proteção e acolhimento do município em que ocorrer a fiscalização”.

Diana Ferreira avança no diálogo e aduz: “ a Psicologia em situações de trabalho escravo enfrentará as mesmas dificuldades de todos, que buscam extingui-lo em pleno séc XX, visando resgatar e fortalecer a integridade do ser humano, aprisionado nesta forma de violência e descrumpimentos aos Direitos Humanos inerentes a todos”. 

O bate-papo contou com a interação da audiência que participou enviando perguntas pelo chat. Confira na íntegra o evento:



– CRP PELO INTERIOR –