Avaliação psicológica no contexto educacional promove a inclusão

Nesta quarta-feira, 6/6, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) promoveu o debate “Avaliação psicológica no contexto educacional”, contando com as convidadas Fernanda Rodrigues Pontes, psicóloga, pós-graduada em Gestão Avançada de Recursos Humanos, Psicodiagnóstico e Orientação Profissional, com formação em Terapia e Hipnose Ericksoniana e especialização em Neuropsicologia; e Juliana Mendes Alves, psicóloga, neuropsicóloga e psicopedagoga, especialista em Neurociências e Atendimento Sistêmico, com formação em Terapia Cognitivo-Comportamental e Reabilitação Cognitiva e diretora do Espaço Integrar. Clique aqui para assistir  o vídeo do evento e aqui para ver as fotos.

O Psicologia em Foco foi mediado por Délcio Guimarães, conselheiro e coordenador da Comissão de Avaliação Psicológica do CRP-MG. “Trata-se de um tema bastante polêmico, que nos instiga ao pensamento e novas reflexões, principalmente neste contexto atual das nossas crianças. Temos que pensar e refletir sobre nosso compromisso enquanto profissionais de Psicologia”, afirmou o conselheiro.

Acolhimento e empatia – A primeira convidada a se apresentar foi Fernanda Pontes. Ela contou que inicialmente as demandas eram de crianças que não conseguiam aprender, mas hoje chegam questões de cunho emocional para serem avaliadas. “Nossos meninos são muito cobrados, exigidos, e por isso temos percebido casos de transtornos de ansiedade e de bullying. Esses processos causam muitos prejuízos para as crianças e as escolas estão com dificuldades de lidar. Então entra a avaliação psicológica como instrumento fundamental de conhecimento amplo”, explicou. Antes de encerrar, a psicóloga colocou como chave do processo a escuta acolhedora dos pais: “não é só fazer o teste, temos que entender o assunto recebendo os pais com o pedido de socorro. Para isso temos que ter o máximo de empatia e fazer uma anamnese muito detalhada”, concluiu.

Para Juliana Alves, a avaliação psicológica no contexto escolar é um trunfo por se tratar de um processo estruturado de investigação. “A escola vive em constante urgência e esse é um instrumento que nos dá suporte para garantir assertividade”, pontuou. A psicóloga chamou a atenção sobre o real papel da psicologia escolar: compreender a estratégia de ensino e verificar as relações no ambiente escolar. Para ela, é preciso ter muita clareza disso para não ser absorvido por tantas demandas. “Aí entra a avaliação psicológica com a missão de promover a inclusão e buscar a melhor forma de aprendizagem sem rotular nem excluir”, disse, antes de passar para a fase de debates com o público presente no Psicologia em Foco.



– CRP PELO INTERIOR –