Avaliação psicológica em concursos públicos é tema da Roda de Conversa

Explicar e debater sobre o uso da avaliação psicológica em concursos públicos e processos seletivos da mesma natureza. Este foi o objetivo da roda de conversa organizada pelo Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), na última sexta-feira (20). A conselheira Elizabeth Lacerda, membro da Comissão da Psicologia Organizacional e do Trabalho do CRP-MG , convidou Tânia Alves – psicóloga e coordenadora do Setor de Psicologia da Academia de Polícia Civil (Acadepol) –, para conduzir a discussão. Clique aqui para ver as fotos do evento.

Elizabeth introduziu a conversa analisando que, a partir da década de 1980, houve uma valorização dessa parcela da Psicologia. E com essa valorização, uma resolução do Congresso Nacional de Psicologia normatizou o uso de testes, realizando também uma verificação da qualificação deles. Esses testes, portanto, na sua opinião, precisam passar por um crivo de estudo científico, que validará as questões que pretende mensurar.

“É preciso analisar a avaliação psicológica como um processo amplo. E, a partir disso, entender que é apenas uma das etapas do processo seletivo, não a única etapa”, frisa a conselheira sobre a importância desses testes durante o processo de seleção. “Não é, não pode ser e nem deve ocupar o papel da decisão”, orienta.

Experiência – 
A coordenadora da Acadepol, Tânia Alves, disserta sobre os avanços dos processos seletivos nas repartições públicas e garante que para a avaliação ser eficaz, é preciso entender o que a vaga propõe. Por isso, são avaliados pelos aspectos de inteligência, aptidões específicas e características de personalidade adequadas ao exercício profissional.

Tânia também ressalta a importância dos testes, e defende que as dinâmicas em grupo são subjetivas e não tão eficazes quanto às provas. Afinal, não procuram entender a fundo o candidato. Por isso, a coordenadora considera importante o processo na Polícia Civil, pois assegura credibilidade à academia. “Em 2014, fizemos uma pesquisa com todas as academias. Exceto o Paraná, todas fazem uso da avaliação psicológica. No entanto, muita gente acha que as avaliações consideram sanidade, enquanto, de acordo com a psicóloga, avaliam a aptidão para determinado cargo”, pondera.

Os candidatos, portanto, podem solicitar o feedback dos testes realizados. Com isso, conseguem saber onde estão falhando e se aprimorar para os próximos exames. “É uma forma de contribuir para a vida social e para a carreira”, reforça.

Qualificação – “Enquanto órgão preocupado com a prática qualificada, nos colocamos à disposição distribuir entre nós as informações que nos interessam a respeito dessa prática profissional no âmbito da psicologia do trabalho e das organizações”, agradece Elizabeth, que convida a plateia ao próximo evento, marcado para o dia 10 de junho, no auditório do CRP-MG, com o mesmo tema.



– CRP PELO INTERIOR –