Comportamento dos foliões no carnaval é tema do Psicologia em Foco no rádio

O carnaval é um período que mobiliza muitos brasileiros para festejar o feriado. Nessa época do ano, o Ministério da Saúde lança sua campanha anual de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) e Aids. Em 2016, o slogan adotado foi “Deixe a camisinha entrar na festa”, reforçando o uso do preservativo durante os eventos.  Mesmo assim, segundo pesquisa do próprio Ministério divulgada em 2015, 94% da população sexualmente ativa reconheceu a eficiência da camisinha, mas 45% admitiu não fazer o uso.

Foi pensando no comportamento das pessoas no carnaval e nas campanhas de prevenção que o programa de rádio Psicologia em Foco da quarta-feira, 3/2, teve como convidado o psicólogo Roberto Domingues. Ele também é conselheiro presidente do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG).

O psicólogo iniciou a entrevista dizendo que o carnaval é um período de exceção. “Nessa época, as pessoas têm vontade de soltar suas fantasias e realizar vontades, inclusive ter relações sexuais sem camisinha. Algumas pessoas por crenças pessoais, do tipo ‘não vai acontecer comigo’, acabam se entregando ao sexo sem proteção, aumentando as possibilidades de DST’s e Aids”, falou.

Quando o assunto foi usar álcool e outras drogas para desinibir, Roberto explicou que eles não são causadores e nem servem de desculpa para ter relações sem camisinha. “O álcool é um elemento que deixa a pessoa mais relaxada, mas ele não é o culpado. As pessoas que aproveitam essas fraturas que a bebida causa para ter comportamentos inadequados. A questão é: o que se pode fazer para que esse sujeito faça o uso do preservativo mesmo consumindo álcool e outras drogas?”, questionou.

O conselheiro presidente do CRP-MG também falou sobre o papel da Psicologia na mudança positiva de comportamento das pessoas. “O profissional colabora trazendo o sujeito para uma reflexão sobre o bem estar dele no mundo, como manter relações com quem ele quiser, porém tomando os cuidados necessários. Não adianta o estado prevenir, falar para usar preservativo se o sujeito não refletir e optar pela prevenção”, ressaltou. Roberto finalizou dizendo que é necessário que o Ministério da Saúde, em suas campanhas, pense em todos os públicos ao mesmo tempo, pois todos os seres humanos, independente da orientação sexual, classe, raça, podem contrair DST’s e Aids.

Para ouvir a entrevista completa, utilize o player abaixo.

 



– CRP PELO INTERIOR –