16 out CRP-MG é convidado a contribuir com diálogos sobre interseccionalidade e luta antimanicomial, em Anápolis
CRP09 contou com a experiência histórica de Minas no I Congresso de Psicologia da Região dos Pirineus

Da esq. para dir.: conselheira presidenta do CRP09, Ana Flávia Vieira de Mattos, conselheira presidenta do CRP-MG, Suellen Fraga, conselheira tesoureira do CRP09, Nadyene Moreira de Souza e conselheiro vice-presidente do CRP09, Marco Aurélio da Silva Lima. Foto: Renato Rodrigues.
“Espaço de diálogo para refletir sobre o papel da Psicologia na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e atenta às mudanças sociais”. Esse foi o principal objetivo do Conselho Regional de Psicologia 9ª Região GO (CRP09) ao organizar o I Congresso de Psicologia da Região dos Pirineus em Anápolis – Por uma Psicologia Crítica, Transformadora e Ética, entre os dias 9 e 11 de outubro. Também foi o fio que conduziu os compartilhamentos de saberes que contaram com a presença de Suellen Fraga, conselheira presidenta do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG).
Suellen Fraga conduziu a mesa “Análise Interseccional: Diversidades e Referências nas Práticas Psicológicas” no dia 11 e instigou psicólogas e estudantes participantes a refletir sobre como o projeto de sociedade brasileira marca corpos, cria dispositivos de opressão e define sobre quem tem direitos ou não, causando sofrimentos.
Ao final deste dia, a conselheira presidenta do CRP-MG contribuiu com a mesa de encerramento do Congresso “Redução de Danos e Trabalho Intersetorial no Combate às Novas Formas de Institucionalização”. O conselheiro vice-presidente do CRP09, Marco Aurélio da Silva Lima, apresentou denúncias que a Comissão de Fiscalização tem recebido contra comunidades terapêuticas no estado de Goiás: casos de violência e diversos abusos, inclusive apurados por outros órgãos públicos da região. Suellen Fraga, participou fazendo análises e disse que a história manicomial vem criando outros dispositivos que se renovam a partir das novas pessoas que vão ocupando lugares de comando. Ela lançou algumas provocações para fazer circular a palavra: “por que será que existe um grande interesse no aprisionamento, nos maus tratos de determinados corpos? Por que essas comunidades terapêuticas vão surgindo assim como surgiram os manicômios?”.
“Participar deste congresso foi muito importante para nós, CRP-MG, pois oportunizou o intercâmbio de práticas, de orientações que fortalecem nossa Psicologia, nosso compromisso com os corpos que sofrem as mais diversas violências institucionalizadas. Minas Gerais tem muito a contribuir com estes temas por sua história, suas lutas. Ser convidada pelo Conselho de Goiás é um grande reconhecimento de tudo isso”, assinalou Suellen Fraga ao final do evento.

Suellen Fraga dialogou com psicólogas(os) e estudantes sobre interseccionalidade e luta antimanicomial. Foto: Renato Rodrigues.