CRP-MG participa de evento sobre Marco Temporal promovido no Rio Grande do Sul

Conselheiro Hudson Carajá contribuiu com reflexão sobre o que a Psicologia tem a aprender com os povos indígenas
Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul promove evento sobre Marco Temporal

Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul promove evento sobre Marco Temporal

No último sábado, 15/7, o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) promoveu o evento “Marco temporal não: nunca mais um Brasil e uma Psicologia sem nós”. O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) foi convidado a contribuir com o diálogo por meio da participação do conselheiro Hudson Carajá.

“Foi um momento extremamente importante de mobilização da categoria promovido pelo Plenário do CRP-RS, ao qual faço uma saudação carinhosa à parente Priscila Góre, conselheira da atual gestão da autarquia, pela mobilização e receptividade para conosco. O evento marcou mais uma vez o posicionamento do Sistema Conselhos de Psicologia acerca da tese inconstitucional do Marco Temporal, em face do risco que as proposições do PL 490 podem acarretar para os Povos Indígenas em nosso país”, contextualiza o conselheiro.

“O encontro reuniu profissionais da Psicologia, parlamentares e a presença mais que especial e inspiradora de pessoas indígenas das etnias Guarani e Kaingang de territórios do Rio Grande do Sul, o que fez com que o momento se tornasse tão potente e lindo, no que diz respeito à nossa proposta de ‘pintar a Psicologia de jenipapo e urucum’, num movimento de não apenas falar de nós, pessoas indígenas, mas nos ouvir enquanto nós falamos sobre nossas existências e culturas”, enfatiza Hudson Carajá.

Na mesa “Psicologia e Povos Indígenas: o que a Psicologia tem a aprender com os Povos Indígenas?”, o conselheiro compartilhou vivências da Comunidade Carajá em Minas Gerais e defendeu a importância de que a categoria e a sociedade revejam paradigmas. “É fundamental que tenhamos concepções não colonizadas a respeito dos Povos Indígenas. A Psicologia, longe de ideias europeizadas e embranquecidas, pode contribuir com essas pessoas, sem a intenção de ‘encaixá-las’ em estereótipos e visões preconceituosas e estigmatizantes das existências indígenas, que são diversas e plurais”, argumenta.

“O evento nos inspira e motiva ainda mais para agirmos em defesa dos Direitos dos Povos Indígenas e reforça a importância desta nossa Psicologia estar ‘aldeada’ e comprometida com os Povos Originários, compreendendo que não há um Brasil, e não há uma Psicologia, sem os Povos Indígenas”, conclui.

Todo evento foi registrado em vídeo e está disponível no site do CRPRS.



– CRP PELO INTERIOR –