CRP-MG promoveu encontro on-line para dialogar sobre as dificuldades das juventudes negras

Na tarde desta quinta-feira, 17/6, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou encontro virtual, por meio do canal no Youtube, para debater vivências das juventudes negras, sua pluralidade e as contribuições da Psicologia junto ao tema. O encontro acontece no bojo das manifestações #VidasNegasImportam, que tomaram as redes sociais e as ruas em vários países, inclusive no Brasil.

A live contou com a presença do psicólogo, integrante da coordenação da Comissão de Orientação em Psicologia e Juventudes, Giovanni Silva, e também com a psicóloga social, psicanalista e coordenadora da Comissão de Orientação em Psicologia e Relações Étnico-Raciais, Thalita Rodrigues. A mediação do evento foi feita pela psicóloga, conselheira vice-presidenta no CRP-MG, Suellen Fraga.

Assista a transmissão na íntegra:

Durante o encontro, as(os) integrantes reforçaram o quão significativa essa fase da vida pode ser. Thalita Rodrigues disse: “A juventude é um período de transição. É uma fase posterior à infância e um momento anterior à vida adulta, que são dois momentos de grande importância nas nossas vidas”. A psicóloga também reforçou a pluralidade das juventudes negras no Brasil e quais problemas circulam a vida desses jovens. “Quando pensamos nas juventudes negras em toda a sua pluralidade, é importante questionar: quais são os ideais atrelados às juventudes negras? Historicamente, são juventudes marginalizadas, vistas como ameaçadoras. Há todo um imaginário social que pode impactar os jovens e as jovens negras”, concluiu.

O psicólogo Giovanni Silva, que atua diretamente com jovens que estão em cumprimento de medidas socioeducativas, pontua a importância de jovens terem referências em produtos midiáticos de grande repercussão junto à sociedade. “O racismo está infiltrado em cada detalhe das coisas que a gente assiste. Se faz importante que pessoas pretas ocupem espaços de grande visibilidade, é necessário que a juventude negra se sinta representada”, concluiu. 

Por fim, também foi reforçada a necessidade de retirar palavras racistas do vocabulário. A vice-presidenta do CRP-MG, Suellen Fraga, relembrou a nota Convite a tirar o racismo do nosso vocabulário, do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em conjunto com o Sistema Conselhos, que orienta psicólogas(os) nesse sentido, prezando por um vocabulário racializado e antirracista.

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– CRP PELO INTERIOR –