CRP-MG se mantém na presidência do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais

Conselheira Lourdes Machado foi reeleita e assume agora a gestão 2024/2026

Mesa Diretora do CES-MG toma posse para 2024/2026. Foto: Luciane Marazzi

No dia 26 de março, aconteceu a posse da mesa diretora do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) para o período de 2024/2026. Lourdes Machado, conselheira do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), foi reconduzida ao cargo que ocupa desde o ano passado, quando se tornou a primeira mulher a assumir a posição.
Durante a cerimônia ressaltou que um dos objetivos da próxima gestão é trabalhar de forma mais próxima dos segmentos mais vulnerabilizados da população mineira.

Para o CRP-MG ter assento em outras instituições reforça a legitimidade da democracia representativa e coloca a Psicologia em variadas esferas decisórias. No caso do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) a relevância é ainda maior por ser uma instância colegiada deliberativa e de natureza permanente do Sistema Único de Saúde (SUS). “Os Conselhos da Saúde são definidos como órgãos permanentes e deliberativos com representantes do Governo, dos prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuárias(os). Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros”, explica Lourdes Machado que, na cerimônia de posse agradeceu o apoio do segmento de trabalhadoras(es), usuárias(os), movimentos sociais, gestoras(es) e prestadoras(es).

“O SUS é mais que uma política pública, é um modelo de desenvolvimento social e político”, explica Lourdes Machado. Foto: Luciane Marazzi

Segundo ela, a participação efetiva da comunidade na gestão do SUS vai além de fiscalizar, pois propõe e define o serviço de saúde adequado à sociedade brasileira. “O SUS é mais que uma política pública, é um modelo de desenvolvimento social e político. Cem por cento da população utiliza o Sistema Único de Saúde nas coberturas em vigilância em saúde. Setenta e cinco por cento das pessoas depende exclusivamente dele”, pontua a presidenta do CES-MG, que sinaliza como grandes desafios promover a ruptura com as desigualdades sociais em um estado de grandes proporções como Minas Gerais.

Para os próximos anos à frente do CES-MG, Lourdes Machado aponta a necessidade de reversão de processos de privatização e de terceirização dos serviços no SUS, garantindo o sentido público e democrático da sua gestão. “Já está amplamente comprovado que as organizações sociais (OSs), as parcerias público-privadas (PPPs) e as terceirizações não promovem melhorias e frequentemente estão ligadas a maiores custos, quando não a práticas de corrupção. A opção aos impasses históricos do Estado brasileiro não pode ser sua privatização, mas a democratização participativa de sua gestão, com planejamento, metas de desempenho pactuadas e avaliações públicas sistemáticas”, conclui a também conselheira do CRP-MG.



– CRP PELO INTERIOR –