Debate sobre violações de direitos nas políticas públicas de segurança mobiliza CRP-MG

Representantes da autarquia mineira levaram contribuições para Jornada de Direitos Humanos e Segurança Pública

Refletir sobre a atuação das(os) psicólogas(os) e elencar os novos desafios para a profissão na mitigação das violações de direitos no âmbito da segurança pública. Esses foram os objetivos que levaram o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) a participar da “Jornada de Direitos Humanos e Segurança Pública” promovida pelo CRP-PR, nos dias 15 e 16 de março, em Foz do Iguaçu. A autarquia paranaense colocou em pauta a possibilidade de consolidação de práticas dialógicas e antirracistas.

Além das intervenções artísticas sobre o tema e da mesa de abertura, o evento, realizado no campus de Foz do Iguaçu da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) apresentou as conferências “Política de drogas”, “A prática da Psicologia na interface com a segurança pública”, “A transversalização como recurso de enfrentamento da violência de estado”, e “As comunidades e a Psicologia na defesa dos Direitos Humanos”. No dia 17, as(os) conselheiras(os) participantes fizeram reunião dos núcleos da Comissão de Direitos Humanos do CRP-PR de forma a integrar pautas com as demais CDHs regionais. A Comissão Étnico-Racial paranaense também promoveu encontro com representantes das comissões correlatas de outros estados.

O CRP-MG foi representado por sua Diretoria – conselheiras Suellen Fraga (presidenta), Liliane Martins (vice-presidenta), Paula de Paula (secretária) e Elizabeth Lacerda (tesoureira) –, pelo conselheiro coordenador da Comissão de Direitos Humanos, Daniel de Melo, e pelo integrante da Comissão de Orientação em Psicologia e Migração, José Miguel Silva Ocanto.

“Como profissão e ciência da saúde, que caminha em transversalidade com demais áreas do conhecimento, é essencial também que a Psicologia esteja constantemente inserida no debate, de maneira a promover defesa e garantia dos Direitos Humanos, para os cuidados em saúde mental e da vida, em consonância com o Código de Ética da Psicóloga(o), com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e com a Constituição Federal do Brasil”, defende Suellen Fraga. Segundo ela, a gestão do CRP-MG é comprometida com a defesa de uma atuação psi que contribua para a construção de uma sociedade justa.

A conselheira presidenta do CRP-MG assevera que as violações dos Direitos Humanos são fatores significativos de afetação do bem-estar físico e emocional das pessoas, principalmente de comunidades em situação de vulnerabilidade social no Brasil, como a população negra, indígena, a comunidade LGBTQIA+, dentre crianças, mulheres, jovens e idosos majoritariamente. “O tema sobre a segurança pública e violação de direitos é constante alvo da opinião pública e de diferentes campos de produção do conhecimento, dada as realidades que ainda vivenciamos enquanto sociedade. A Psicologia não pode ser furtar desse debate, seja onde ele ocorrer”, conclui.



– CRP PELO INTERIOR –