Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher ressalta abordagens do programa de rádio

Entrevista destacou as principais formas de violência contra mulher que ainda perduram no cenário brasileiro

A violência ainda segue como um contexto grave para as mulheres no Brasil. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2018 o número de feminicídios foi para 1206, um aumento de 11,5% em relação à 2017. Os dados sobre violência sexual também assustam: em média, 180 mulheres são estupradas por dia no Brasil. Dada a inquietação que esse cenário produz, nesta quarta-feira, 27, o Psicologia em Foco no Rádio, em consonância ao Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, abordou a temática entrevistando a psicóloga clínica e integrante da Comissão Mulheres e Questões de Gênero do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), Sandra Maria Flores.

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A psicóloga reforçou que é preciso olhar para os dados com cautela, uma vez que dizem sobre a realidade do Brasil. Segundo ela, só assim é possível criar formas de intervenção.

Para compreender como a violência sexual é naturalizada no contexto das mulheres, Sandra alertou que a referida intempérie surge a partir da objetificação dos corpos femininos, tanto nos espaços públicos quanto nos ambientes de trabalho e nos lares. “A mulher passa a fazer parte de um ambiente de trabalho buscando por trabalho, mas encontra um outro ambiente para violação de direitos”, observou.

A psicóloga também chamou atenção para prática da Psicologia no que se refere às formas de intervenção. Segundo Sandra, a prática psicológica deve ir contra a atual forma de organização social ao promover ações interdisciplinares. “Deve-se trabalhar tanto prevenção quanto acolhimento às mulheres nos diversos ambientes da sociedade”, pontua.



– CRP PELO INTERIOR –