Programa de rádio Psicologia em Foco aborda os efeitos da busca obrigatória pela felicidade

“Eliminar a angústia do mundo seria também eliminar a possibilidade de ser feliz”.

O Psicologia em Foco desta quarta-feira (24) entrevistou o psicólogo e psicanalista, Guilherme Massara, sobre os efeitos para a saúde mental da busca obrigatória pela felicidade. Neste mês de janeiro, os programas do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) em parceria com a rádio Inconfidência são dedicados à saúde mental e bem estar.

Segundo Massara, a busca pela felicidade é entendida pela sociedade como algo natural, como se o sentido de existir fosse atingi-la. No entanto, o assunto é bem mais complexo. “Ela foi definida como uma espécie de estado de espírito que as pessoas têm que buscar por meio de uma série de práticas de uma forma obrigatória, imperativa, sem a qual não podem ser reconhecidas umas pelas outras. Mas, primeiramente, é preciso considerar que ela não é um estado permanente. A felicidade tem a ver com o prazer pela realização de expectativas em todos os âmbitos”, explicou.

Outra questão urgente abordada pelo psicólogo foi o sofrimento de quem se sente privado da felicidade. “A angústia é um dos nomes modernos para esse sofrimento. Ao mesmo tempo é importante pensar que é um erro que a felicidade é um estado permanente de supressão da angústia, pois essa é um estado revelador. Quando nos angustiamos temos a chance de nos conhecer um pouco mais e descobrir o que estamos buscando. Eliminar a angústia do mundo seria também eliminar a possibilidade de ser feliz”, ponderou.

Clique aqui para ouvir a entrevista completa.



– CRP PELO INTERIOR –