Formação, gênero e diversidade foram temas pautados pelo Psicologia em Foco

Debatedores chamaram atenção para o lugar da Psicologia na defesa dos direitos humanos

 Nesta quarta-feira, 31, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou o último Psicologia em Foco Especial da 6° Jornada Pela Cidadania LGBTI em BH, desta vez com o tema “Gênero e diversidade e sua importância na formação em Psicologia”. A mesa foi composta pela professora universitária e colaboradora da Comissão de Psicologia Escolar e Educacional do CRP-MG, Evely Capdeville; a psicóloga social em formação e militante feminista e LGBTQI, Pollyana Rios; e como mediador o psicólogo e membro da Comissão de Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual do CRP-MG, Lucas Eduardo. Clique aqui para ver as fotos

Evely Capdeville apresentou pesquisas sobre gênero e diversidade a partir de suas experiências em formação e explicou que o Plano Nacional de Educação (PNE) traz, atualmente, contribuições à temática. Entre elas destacou a Nota Técnica nº 24/2015 da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, que contém o conceito de gênero e de orientação sexual, em resposta às demandas de organizações sociais, parlamentares e sistemas de ensino, sobre as dimensões de gênero e orientação sexual ausentes no PNE.

A psicóloga também se atentou para as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2018, que propõem, em seu Artigo 4, que o curso de Graduação em Psicologia assegure uma formação ético-política generalista, humanista, crítica, reflexiva, democrática, laica, embasada nos Direitos Humanos.

Para finalizar, Evely Capdeville abriu questionamentos ao público sobre o processo de construção de práticas e representações de gênero e sexualidade na escola e acrescentou: “precisamos pensar sobre os efeitos de práticas heteronormativas na produção de subjetividades das estudantes”.

O lugar da Psicologia e da Universidade – Em seguida Pollyana Rios observou que pensar na importância do tema gênero, diversidade e educação é se atentar para o adoecimento psíquico e mental que toda minoria política está suscetível. Para ela é necessário oferecer espaços de acolhimento às(aos) estudantes em instituições de ensino.

No que concerne à prática profissional, a estudante chamou atenção para o posicionamento da Psicologia e para as possibilidades de atuação que as universidades precisam abrir. “Existe uma pluralidade de áreas de estudo que carecem de aproximação ao tema gênero e diversidade. A Psicologia precisa se posicionar como uma frente de defesa dos direitos humanos”, afirmou.

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– CRP PELO INTERIOR –