Mediação de conflitos é tema de encontro das Comissões de Orientação e Fiscalização, Ética e Direitos Humanos do CRP-MG

Formação reuniu equipe técnica e conselheiras(os) com a finalidade de qualificar o trabalho prestado à categoria e à sociedade
Foto com as(os) participantes da reunião ampliada sobre mediação de conflitos

Equipe técnica, conselheiras(os) e palestrantes participam de reunião ampliada sobre mediação de conflitos. Foto: Arquivo/CRP-MG

Um dia inteiramente voltado para ampliar a compreensão da prática da mediação de conflitos no Sistema Conselhos de Psicologia. Esse foi o norte da reunião promovida pelo Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) na quinta-feira, 24 de abril, que contou com a participação de toda a equipe da gerência técnica da autarquia, inclusive com as(os) profissionais que atuam nas subsedes, e com conselheiras(os) que integram as Comissões Permanentes de Orientação e Fiscalização, Ética e Direitos Humanos.

A gerente técnica do CRP-MG, Flávia Santana, explica que a programação da atividade abarcou perspectivas éticas, legais, técnicas e de direitos humanos com o objetivo de identificar como o uso do recurso de mediação tem auxiliado nos processos de disputa de interesses. Também foram abordados desafios e vantagens da implantação da mediação no Sistema Conselhos, com um breve panorama de experiências de outros CRPs. “Priorizamos a participação de pesquisadores que trouxeram um histórico da mediação no Brasil, no estado e na cidade e a aplicação nas relações sociais, além do avanço tecnológico aplicado também à mediação.

A mediação e outros meios de solução consensual de conflitos foram instituídos como recursos alternativos para os processos disciplinares éticos pelo Conselho Federal de Psicologia em 2016, por meio da Resolução CFP nº 007/2016. Essa diretriz possibilitou a publicação da Resolução CRP/04 nº 004/2017, que criou a Comissão de Meios de Solução Consensual de Conflitos, no âmbito do CRP-MG.

Diretrizes de atuação em Minas Gerais

A conselheira presidenta da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP-MG, Júnia Lara, destaca que a realização de encontros periódicos entre as Comissões Permanentes é uma ação implementada pelo atual do Plenário e esses momentos têm promovido a reflexão sobre questões centrais para a atuação do Conselho a partir de vivências do dia a dia da autarquia. As reuniões ampliadas são promovidas a cada quatro meses e as Comissões se revezam na organização dos encontros. A atividade de abril foi coordenada pela Comissão de Ética (COE).

O conselheiro e presidente da COE, Délcio Pereira, explica que a construção do encontro se sustentou em três pilares: mediação, ética e direitos humanos. “A mediação é uma oportunidade e um desafio para o Sistema Conselhos, por isso, convidamos para esse encontro pessoas que atuam há mais tempo nesse campo. A mediação representa a possibilidade do diálogo efetivo e mais justo, que realmente atenda as necessidades dos demandantes”, analisa.

A conselheira, vice-presidenta do CRP-MG e integrante da coordenação da Comissão de Direitos Humanos, Liliane Martins, também reforça que para o atual Plenário é essencial que a atuação das Comissões Permanentes ocorra de maneira articulada. “Fiquei muito feliz que o tema para essa reunião ampliada tenha sido a mediação, um assunto sobre o qual Minas Gerais vem se debruçando. É fundamental pensarmos na mediação antes do direito humano ser violado, porque depois que ocorre essa violação, não há mais mediação”, contextualiza.

A presidenta do CRP-MG, Suellen Fraga, ressalta que a promoção da reunião ampliada é um investimento concreto e importante para sofisticar as ferramentas de diálogo do Conselho com seus diversos públicos e de maneira atenta às especificidades de cada território. “Não podemos perder de vista o quanto o processo de mediação está relacionado a um compromisso ético, político e pedagógico frente à categoria e à sociedade. É necessário que se entenda o quanto investimos para entregar uma escuta especializada às psicólogas e aos psicólogos e todas as partes nos processos”, afirma.

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