Pandemia potencializa o adoecimento mental de pessoas LGBTI

As diversas vulnerabilidades sociais somadas ao isolamento e à falta de acesso à saúde são os grandes desafios para a Psicologia

“Reflexões sobre a saúde mental da população LGBTI em tempos de pandemia” foi o tema da transmissão on-line realizada pelo Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), neste 1º de julho. O evento integrou o conjunto de mobilizações em torno no Dia Internacional do Orgulho LGBTI (28 de junho) e contou com as participações da psicóloga Brune Coelho, do psicólogo Rafael Baioni e mediação da conselheira do CRP-MG, Liliane Martins.

Rafael Baioni é professor da Universidade Estadual de Montes Claros e coordena o projeto de extensão universitária voltado à promoção da diversidade sexual e de gênero, (In)Serto. Ele concentrou sua abordagem em dois tempos: elucidar conceitos que envolvem as pessoas LGBTI e ressaltar que a pandemia vem produzindo reações diversas nesses sujeitos. “Cada grupo está sendo afetado de uma forma. Os motivos são diferentes. É fundamental ver que boa parte das pessoas trans no Brasil vive uma situação de co-vulnerabilidade, ou seja, social, racial e sem acesso à saúde propriamente dita”, relatou.

Brune Coelho, que também é doutoranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFJF, trouxe para o debate a implicação da família no adoecimento psíquico das pessoas LGBTI. “O núcleo familiar se constitui em um dos princípios da violência. Nós, psicólogas, temos que pensar estratégias para desconstruir a LGBTIfobia dentro da família e a pandemia vem nos convocar com mais intensidade. O processo de exclusão social desses sujeitos é muito maior, a falta de pertencimento faz com que vejam o mundo como um lugar terrível para viver”, assegurou.

Confira o encontro na íntegra:

 

 

 

 

 



– CRP PELO INTERIOR –