Programa de rádio discute adoção tardia

A expressão “adoção tardia” refere-se à adoção de crianças que têm mais de três anos idade. Essas crianças e os adolescentes têm menos chances de serem adotados no Brasil e os motivos que podem explicar isso estão muitas vezes relacionados aos desafios que poderão ser encontrados ao adotar uma criança já crescida.

Nesta quarta-feira (15/6), a psicóloga Érica Silva do Espírito Santo foi a convidada do programa de rádio Psicologia em Foco, realizado pelo Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) em parceria com a Rádio Inconfidência. Érica já realizou pesquisas sobre adoção homoparental e, recentemente, iniciou os estudos do doutorado sobre adoção tardia.

Érica explicou que há resistências em adotar crianças maiores de três anos porque as pessoas acreditam que quanto mais novos esses meninos e meninas forem acolhidos, menor será o tempo passado junto à família de origem ou nas instituições de acolhimento e isso aumentaria as chances da adoção ser bem sucedida. Segundo Érica, as crianças que são mais velhas geralmente passaram por violências e precisam de mais atenção, no entanto, isso não impede o sucesso da adoção.

“É um laço que vai sendo construído entre a família adotiva e a criança. A relação de confiança é primordial e a criança precisa entender que aquela pessoa ou casal quer ficar com ela, independente do que acontecer”, afirmou Érica. A psicóloga ainda disse que a desconfiança da criança de que pode ser abandonada persiste e é possível que ela teste os pais com algumas atitudes negativas. Érica relatou que há muitos cursos preparatórios e literaturas que ajudam pessoas a se prepararem para adotar uma criança mais velha.

Para finalizar, Érica falou sobre a adoção internacional. “Acontece quando nenhum outro recurso de adoção tem sucesso. Uma família de outro país vem para o Brasil, passa um tempo de adaptação com a criança e, se tudo for aprovado, a criança vai com essa família. É o processo que se tem menos casos de devolução”, explicou.

Para ouvir a entrevista completa, utilize o player abaixo.



– CRP PELO INTERIOR –