02 fev Programa de rádio discutiu a medicalização na infância
O Psicologia em Foco veiculado na Rádio Inconfidência AM 880 desta quarta-feira, 1/2, entrevistou a psicóloga Stela Bretas, que é especialista em Psicologia Educacional e Psicopedagogia e coordenadora da Comissão Psicologia e Formação Profissional do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG).
A psicóloga discutiu o uso de Ritalina, nome comercial do metilfenidato, medicação que promete tratar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos revela que o Brasil é o segundo maior consumidor de Ritalina do mundo. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar.
Stela Bretas explicou que a Ritalina leva crianças agitadas e dispersas a ficarem mais quietas e concentradas pelo período de quatro horas, que é o tempo médio de efeito da medicação. “É importante que os pais estejam atentos aos motivos da agitação da criança, porque a Ritalina é um remédio para o sintoma, não para a causa”. A psicóloga orientou também que os pais procurem dialogar com os filhos, investigar os ambientes em que estão inseridos e conversar com os professores.
Segundo a psicóloga é importante ter atenção à medicalização. “Medicalizar é adoecer os problemas sociais”, explicou. Além disso, a psicóloga ressaltou que, no caso de haver prescrição do medicamento, pais e responsáveis devem ler a bula para conhecer os efeitos do uso de Ritalina.
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