15 abr Psicólogas(os) indígenas se encontram em mobilização em Brasília
CRP-MG participou da 21ª edição do Acampamento Terra Livre. Entre as atividades ocorreram reuniões organizadas pelo Sistema Conselhos de Psicologia

Reunião de psicólogas e psicólogos indígenas durante o ATL. Foto: César Fernandes (CFP).
O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) participou, ao lado dos outros regionais e do Conselho Federal de Psicologia (CFP), das atividades do Acampamento Terra Livre (ATL), realizadas entre os dias 7 e 11 de abril, em Brasília. A mobilização indígena foi organizada por diversas etnias para reivindicar direitos, denunciar ameaças aos seus territórios e fortalecer a luta pela garantia de políticas públicas. A programação contemplou debates, audiências, manifestações culturais e políticas, marchas e reuniões, entre elas, de psicólogas(os) representantes dos povos originários.
Nesta 21ª edição do ATL o CRP-MG foi representado pelo conselheiro Hudson Carajá, integrante da Comissão de Orientação em Psicologia e Relações Étnico-Raciais. Segundo ele, a programação propiciou o fortalecimento da resistência dos povos indígenas diante das crescentes ameaças, com destaque para as mudanças na legislação que podem fragilizar a demarcação dos territórios indígenas.
O conselheiro relatou que, nos momentos mais específicos da Psicologia nesta edição do ATL, foi possível também dialogar sobre como o Sistema Conselhos tem se envolvido nas lutas indígenas e nos processos de incidência sobre políticas sociais de proteção e garantia de direitos. “Estivemos junto com psicólogas e psicólogos indígenas de diferentes regiões do Brasil em um movimento de encontro, de aprofundamento das nossas demandas, das necessidades dos nossos povos em seus territórios. Ressaltamos as causas de adoecimento mental como as violências e o marco temporal e reafirmamos nosso compromisso ético político ancestral”, explicou Hudson Carajá.
“Outro ponto alto desta edição foram as marchas. Demos uma resposta ao COP 30. É preciso nos ouvir sobre como respondemos à emergência climática, qual o nosso entendimento sobre ela, porque não somos simplesmente originários, somos essa terra”, assinalou o conselheiro do CRP-MG.