Psicólogas(os) que atuam na atenção a pessoas com deficiência podem colaborar com referência técnica para toda a categoria

Para participar, basta preencher formulário até o dia 30/9, relatando interesse e marcar entrevista

Psicólogas(os) que atuam na atenção a pessoas com deficiência podem ajudar na construção de um documento de referência técnica que vai orientar a atuação de profissionais com esse público específico.

A consulta pública é organizada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) que irá entrevistar profissionais interessados no assunto. Quem quiser participar, basta preencher este formulário até o dia 30/9.

A psicóloga Denise Martins Ferreira explica que a criação do documento é fundamental para nortear o trabalho da(o) profissional.

“No caso da atuação profissional com as pessoas com deficiência nos traz grande expectativa, a começar pelo uso correto da terminologia”, diz, citando Convenção da ONU que legitimou o uso do termo “pessoas com deficiência”, ainda em 2007.

Para ela, a(o) psicóloga(o) deve conhecer não só a Convenção sobre as Pessoas com Deficiência da ONU, mas todo o arcabouço teórico e legal sobre o assunto, incluindo a Lei Brasileira de Inclusão, de 2015.

“Entendo que o maior desafio é conhecer minimamente a organização social das pessoas com deficiência, a importância da inclusão em todos os espaços e contextos sociais e saber que deficiência não é sinônimo de doença”, explica.

Outro desafio para a psicóloga e o psicólogo, de acordo com Denise, é se afastar do “capacitismo”.

“Devemos atentar enquanto pessoa e como profissional para identificar em nós mesmos possíveis ações e pensamentos capacitistas. Vivemos em uma sociedade em que muitos ainda acreditam que a pessoa com deficiência nasceu ‘com defeito'”, alerta.

A psicóloga referência do Crepop-MG, Luciana Franco, explica que o documento de referência técnica é construído a partir dos relatos de práticas de profissionais de Psicologia que atuam junto a pessoas com deficiência no dia a dia – por isso, é importante que a categoria participe.

“O desafio de buscar dados relevantes para o estudo é porque a gente busca no meio das práticas, que têm que ser consolidadas, precisam ser boas, para trazerem respostas. Temos que descobrir onde está o bom profissional, onde a prática está sendo aplicada e depreender do relato deles um texto que sirva para todos”, explica.

Ainda conforme Luciana, quatro áreas são prioritárias: saúde pública, assistência social, habilitação e reabilitação e educação básica.



– CRP PELO INTERIOR –