21 set Psicologia em Foco celebra 10 anos de atuação da subsede Centro-Oeste

Interiorização das ações, interseccionalidade e compromisso com os direitos humanos marcaram a comemoração

Celebração de 10 anos da Subsede Centro-Oeste

No último sábado, 16/9, o Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou o Psicologia em Foco em comemoração ao 10º aniversário da subsede Centro-Oeste, em Divinópolis.

Para compor a mesa de abertura do evento, em que se resgatou a história da subsede, estiveram presentes a presidenta e vice-presidenta do CRP-MG, Suellen Fraga e Liliane Martins, respectivamente, além dos ex-conselheiros, André Martins, Felipe Tameirão e Reinaldo da Silva Júnior. Na cerimônia, Liliane Martins relembrou seus primeiros momentos na subsede e as discussões conjuntas que foram realizadas nesse tempo.

Após a fala da vice-presidenta, os ex-conselheiros também recordaram as memórias criadas no CRP-MG. Os psicólogos contaram sobre as pessoas que ali passaram e sobre o processo de consolidação do espaço, que ocorreu por meio das reformas necessárias para seu efetivo funcionamento, da chegada de integrantes, a superação de diversos desafios, ampliações de debate e execução de articulações para a interiorização do Conselho.

A presidenta Suellen Fraga enfatizou o propósito do XVII Plenário do CRP-MG: cuidar das estruturas que já foram construídas por outros plenários e expandir as ações do Conselho nos territórios. A psicóloga reiterou o valor das integrantes que fazem parte do Conselho e da interseccionalidade que permeia a autarquia, além de destacar como as Comissões são essenciais para a construção do projeto político do Conselho, assim como a amplitude de discussões desempenhadas por elas.

Importância da orientação para a qualidade da prática psicológica

A apresentação das Comissões de Orientação Temática e do Setor de Orientação e Fiscalização na Subsede Centro-Oeste do CRP-MG foi uma oportunidade de compreender de modo mais amplo o funcionamento e o propósito das Comissões, no intuito de fortalecer o compromisso coletivo com a ética, o respeito aos direitos humanos e a qualidade na atuação profissional.

A psicóloga fiscal na subsede, Marcela Fontes, explicou o papel do setor de orientação e fiscalização: “o nosso trabalho é pautado por uma uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, que é a Política de Orientação e Fiscalização. Essa política padroniza a forma de realizar as ações essenciais para garantir um exercício ético da categoria profissional”.

A conselheira do CRP-MG, Cristiane Nogueira, ressaltou a importância das comissões na orientação e acompanhamento das(os) profissionais. “Eu queria marcar como o nosso trabalho tem sido direcionado para trazer a categoria para mais perto do conselho e para que as(os) profissionais possam compreender quais são as funções da autarquia. O trabalho nas comissões e nos eventos na sede e subsedes tem o intuito de aproximar as(os) profissionais do Conselho.”

Integrante da Comissão de Orientação em Psicologia, Gênero e Diversidade Sexual e também conselheira do CRP-MG, Lorena Rodrigues, reforçou o papel das profissionais que constroem continuamente a instituição. “Trabalhando nesse espaço e compreendendo a amplitude do Conselho, temos que demarcar essas identidades. Elas têm raça, gênero, sexualidade e é importante mensurarmos isso e termos esse olhar interseccional”, destacou.

Direitos Humanos e Psicologia

A palestra ministrada pela psicóloga e conselheira vice-presidenta do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ivani Oliveira, refletiu sobre a importância da abordagem interseccional na Psicologia, de maneira a contribuir para o entendimento da complexidade humana.

“Ao viver num país desigual, que ainda atua numa lógica da colonialidade, é preciso compreender que a nossa demanda é olhar para essa desigualdade e para as injustiças sociais. É uma perspectiva de direitos humanos, porque nossa profissão está fundamentada nele e na vida de cada pessoa que vem buscar o serviço da Psicologia”, argumentou.

A psicóloga também compartilhou suas experiências ao integrar a Articulação Nacional de Psicólogas/os Negras/os e Pesquisadores (ANPSINEP) e apontou a necessidade de se discutir e integrar pautas que tragam representatividade para a Psicologia.

O evento destacou a relevância de se considerar as múltiplas identidades e vivências dos indivíduos na busca por uma Psicologia que se debruce sobre as questões sociais.