Psicologia em Foco debateu preconceitos, Psicologia e Assistência Social

O Psicologia em Foco desta quarta-feira, 3/5, discutiu “Psicologia e SUAS: estigmas e preconceitos na luta pelos direitos humanos”. O encontro faz parte da “Campanha de combate ao preconceito contra a usuária e o usuário do SUAS”, do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em parceria com o Fórum Nacional de Usuárias e Usuários da Assistência Social (FNUSUAS). Para assistir o debate na íntegra, clique aqui.

Arlete de Almeida representou as usuárias e os usuários do SUAS. Ela é professora com formação em Geografia e Pedagogia e trabalha com educação popular junto a grupos de mulheres e jovens rurais e urbanos. Arlete destacou o trabalho da Psicologia na proteção social, “na defesa, na proteção e na promoção dos direitos, efetivamente junto as camadas sociais mais vulneráveis”. Ela relatou que o trabalho das(os) psicólogas(os) ainda é visto com bastante estranheza pela maioria das pessoas em situação de vulnerabilidade.

Arlete de Almeida acrescentou a existência de um certo medo das usuárias e dos usuários ao serem direcionadas aos profissionais da Psicologia. “Por exemplo, muitas mulheres da mesma condição social que eu têm o receio de que ao conversar com os psicólogos elas possam perder os direitos. Mas os profissionais da Psicologia estão ali para explicar que as nossas necessidades não são caridades e sim direitos”, relatou a usuária.

Simone Albuquerque, assistente social, subsecretária estadual de Assistência Social da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais e vice-presidente do Conselho Estadual de Assistência de Minas Gerais também ressaltou a importância dos profissionais da Psicologia, destacando o papel da categoria na luta antimanicomial. “Essa categoria vem travando, historicamente, uma luta contra o estigma e o preconceito no Brasil. Nesses 40 anos de luta antimanicomial é indiscutível a importância do trabalho das psicólogas e dos psicólogos para que nós pudéssemos ter uma sociedade sem manicômios”, disse a assistente social.

Sobre os preconceitos em torno da política de assistência social, Simone Albuquerque explicou que a campanha de combate ao preconceito contra usuários e usuária do SUAS é um marco importante na conquista dos direitos socioassistenciais como Direitos Humanos. “A partir do momento em que você diz que a proteção é para todos, você está dizendo que todos têm direito à proteção na compreensão da assistência social como um Direito Humano”, explicou Simone Albuquerque.

Quem mediou a mesa foi a psicóloga, técnica de referência do CREAS de Itaúna/MG e colaboradora da Comissão de Psicologia e Política de Assistência Social do CRP-MG, Lívia de Paula.



– CRP PELO INTERIOR –