Psicologia em Foco discute Atenção Básica à Saúde

A edição Psicologia em Foco, ciclo de eventos do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG), realizada nesta quarta-feira (10) discutiu o tema: “As práticas da Psicologia na Atenção Básica à Saúde”. A atividade foi coordenada pela psicóloga referência técnica do Crepop, Leiliana Souza, e teve como convidados Márcia Ribeiro, psicóloga e coordenadora de Saúde Mental de Ribeirão das Neves/MG; e Marconi Fernandes, psicólogo clínico e mestrando na linha de Educação em Saúde e Enfermagem na UFMG.

Leiliana abriu o debate pontuando que, no ano passado, o Crepop iniciou uma pesquisa regional sobre a atuação da(o) psicóloga(o) na Atenção Básica à Saúde. “Foram feitos 7 grupos focais e um questionário online que está em processo de análise. Mas já pudemos perceber que apesar dos desafios que os profissionais encontram, eles têm conseguido avançar nas práticas desse campo”, relatou.

A psicóloga Márcia Ribeiro explicou a importância de fazer parte de uma equipe de atenção primária. “Quando fazemos parte desse grupo podemos contribuir e, claro, aprender. Antes de tudo, temos que conhecer o território onde vamos desenvolver o trabalho, para que possamos promover ações em equipe e saber com quem podemos contar”, declarou. Ela ainda disse que o atendimento compartilhado é muito rico e de muito aprendizado. “Fazer um acolhimento de um caso junto com um enfermeiro, por exemplo, não é estar deixando de ser psicólogo, e sim integrar uma equipe ajudando no processo de qualificação do colega para que outros acolhimentos dele sejam mais amplos”, afirmou.

O psicólogo clínico, Marconi Fernandes, elogiou a proposta do Crepop dizendo ser uma excelente aposta para a categoria, pois pensa além das teorias que são colocadas. Ele também falou da questão do sujeito no momento em que o país se encontra. “Acho que devemos estar em constante alerta, pois vivemos em um momento frágil onde estamos dizendo em que sociedade queremos viver. Além disso, vemos um movimento que codifica de maneira grave a questão do sujeito e me preocupo porque essa ética, enquanto modo de existência, visa à afirmação da diferença”, pontuou.

Marconi completou dizendo que o campo das políticas públicas é o que mais recebe as(os) profissionais de Psicologia. “Fazer uma discussão da Psicologia na Atenção Básica já é uma ruptura, é uma construção do município com as pessoas e é um campo que ainda está se constituindo, se fazendo”, afirmou.

Para escutar a entrevista completa, utilize o player abaixo.



– CRP PELO INTERIOR –