Racismos que atravessam as infâncias pautam live do CRP-MG

A atividade está disponível na íntegra, no Youtube do CRP-MG

 

Ainda em consonância com o dia das crianças, celebrado no dia 12 de outubro, O Conselho Regional de Psicologia ‒ Minas Gerais (CRP-MG) realizou na última quarta-feira, 21/10 a transmissão “Infâncias e Racismos”. A live debateu os impactos causados pelo racismo na infância e na adolescência, bem como a implicação da Psicologia na temática.

Alessandra Belmonte foi uma das convidadas. Ela possui graduação em Psicologia e atualmente é coordenadora de projetos na Cáritas Regional Minas Gerais, onde desenvolve atividades nos serviços de assistência social. A expositora realizou uma provocação, por meio de um vídeo experimento que mostra como as crianças da nossa sociedade são ensinadas desde cedo a ocupar posições subalternas. Sobre isso ela disse: “reconhecer que vidas negras importam mostra que estamos nos identificando mais”. Entretanto, Alessandra também pontou a dificuldade de encontrar materiais teóricos que cumpram o papel, no que tange as vivências étnico raciais: “existem questões que nos atravessam, que são frutos de traumas provenientes do racismo que nos perpassam no cotidiano. Nós, profissionais e estudantes de Psicologia, não aprendemos isso na universidade. Somos uma categoria que não está preparada para acolher pessoas negras”.

A estudante de Psicologia, militante no Coletivo Negro Raiz de Baoba, integrante do podcast no “Sou eu Queimando” e professora e monitora de balé Laura Conti, também esteve presente na transmissão. A convidada pontou sobre a dualidade imposta pelo ocidente, que também é passada para as nossas crianças. “Eu acredito que na infância, essas coisas são menos interativas e conseguimos encontrar soluções e formas de lidar com a realidade que são potentes”. No contexto de sala de aula Laura apontou a necessidade de ensinar além dos livros. “É preciso ensinar uma visão crítica de mundo, distante do que entendemos enquanto crítico, permitindo que essas crianças se vejam a partir das suas próprias lentes. É um desafio imperativo, que não podemos perder de vista”.

A condução do encontro ficou sob responsabilidade de Ana Paula Ferreira de Souza, que é psicóloga e especialista latu sensu em adolescência e tem experiência em políticas públicas e Psicologia Clínica. Atualmente está em formação em Psicologia Sistêmica.

Confira a transmissão na íntegra:

 

Próximas lives:

27/10 | 19h – Saúde Mental: entre tendências e responsabilidades

28/10 | 16h – Descriminalização do aborto: Psicologia e defesa dos direitos reprodutivos das mulheres

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