Roda de conversa debate os 10 anos da Resolução 002/2003

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais, através de sua Comissão de Avaliação Psicológica e Direitos Humanos, realizou a Roda de Conversa em comemoração aos 10 anos da resolução 002/2003, que define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos. Com o título “10 anos da Resolução 002/2003: Avanços e desafios”, o evento foi realizado na última quarta-feira (4), com início às 14h, na sede do CRP-MG, em Belo Horizonte.

A coordenadora da Comissão de Avaliação Psicológica e Direitos Humanos do CRP-MG, Júnia Lara, coordenou a Roda de Conversa, que contou com a presença da professora de Avaliação Psicológica do Centro Universitário Newton Paiva e mestre em Desenvolvimento Humano pela UFMG, Arlete Santana; da pesquisadora na área de Avaliação Psicológica e membro da Comissão Consultiva de Avaliação Psicológica do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Elizabeth Nascimento; e da pós-doutoranda na Universidade Autonoma de Madrid e na Universidade da Califórnia e representante do Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica, Carmen Flores-Mendoza.

A professora Arlete Santana deu início aos trabalhos, falando sobre os critérios utilizados para a aprovação dos testes de avaliação psicológica, através de uma contextualização histórica, e abordando outras resoluções relacionadas à 002/2003. A professora também ressaltou para a necessidade de o Sistema Conselhos estar mais atento à questão da avaliação psicológica, mencionando o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI). “Enfrentamos problemas com a comercialização e uso dos testes. A consulta ao SATEPSI, pelo avaliador psicológico, é de grande importância”, pontuou.

Com a palavra, Elizabeth Nascimento destacou a importância de uma boa formação acadêmica do avaliador, a fim de proporcionar a escolha correta dos instrumentos de avaliação a serem utilizados e seu o melhor aproveitamento. “Não basta os testes serem aprovados, àqueles que os manipulam devem ser atribuídas grandes responsabilidades”, argumentou. Elizabeth destacou, ainda, que os requisitos mínimos empregados pelo SATEPSI, para a aprovação dos testes, precisam ser revisados.

Já a professora Carmen Mendoza chamou atenção para a falta de estudos e conhecimentos mais rigorosos para o uso dos testes psicológicos nos Estados Unidos, cuja exploração comercial gerou 200 milhões de dólares na década de 90. Mendonza elogiou os critérios utilizados no Brasil: “Lá não tem as restrições que temos aqui e, portanto, parece-me que o cuidado com os testes psicológicos em nível nacional é mais apurado no Brasil do que nos Estados Unidos, que foi o primeiro exportador de testes do mundo”.

 

Finalizando a discussão, a coordenadora Junia Lara ressaltou o grande número de processos éticos relacionados à prática da Avaliação Psicológica. “De 30 a 40% dos processos éticos da categoria são relacionados à área da Avaliação Psicológica”, informou. A coordenadora sugeriu que a Comissão de Avaliação Psicológica e Direitos Humanos realize uma próxima atividade, que discuta a avaliação psicológica em editais e concursos públicos.

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– CRP PELO INTERIOR –