Sucesso em negociações trabalhistas depende de planejamento e conhecimento das subjetividades

“Conflitos, negociações coletivas e intersubjetividades nas organizações” foi o tema do Psicologia em Foco desta quarta-feira, 23/5, na sede do Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG). O ciclo de eventos contou, desta vez, com os convidados Carlos Sícoli, graduado em Psicologia e mestre em Administração (UFMG); e David Guzmán Chumo, graduado em Psicologia e mestre em Gerência para o Desenvolvimento Social (UASB). A mesa foi mediada por Nanci Carvalho Rajão, graduada em Psicologia (PUC Minas) e mestra em Filosofia (UFMG).

Antes de iniciar a fase de apresentações, Nanci Rajão ponderou que o curso de Direito também deve rever seu currículo, assim como a Psicologia vem fazendo, para produzir mais questões ligadas à mediação. “Temos refletido sobre qual o espaço da nossa profissão, qual nossa contribuição para essa sociedade que não está sabendo negociar”, explicou e passou a palavra para os palestrantes.

Carlos Sícoli apresentou o cenário sindical atual. Segundo ele, quanto maior o conflito entre líder e subordinado, maior será também o confronto entre sindicato e empresa. “É fundamental a habilidade do(s) negociador(es) em conseguir conciliar objetivos e motivos das partes, para levar a negociação a um final que seja minimamente satisfatório para ambos os lados”, pontuou.

Já David Guzmán Chumo mostrou seus estudos em relação ao sindicalismo na América Latina e as intersubjetividades da negociação coletiva nas organizações. Na sua opinião, é possível prever o conflito, reconhecendo seus indícios. Eles seguem uma sequência ascendente, referente ao nível de tensão e de luta entre as partes enfrentadas, que são o incômodo, a insatisfação, os incidentes, os mal-entendidos, a tensão e, por fim, as crises. “Somente conseguimos solucionar bem o conflito se conhecermos bem as posições em cada organização. Uma negociação coletiva depende de seguirmos um ritual, um tempo, diálogos, esclarecer pontos, respaldar-se com provas, documentos, atitudes, discursos, estar alerta às imposições de poder das partes e ter flexibilidade para as mudanças táticas”, explicou. Davi reforçou que é necessário compreender as subjetividades para saber se relacionar com elas.

O debate pode ser assistido aqui.

 



– CRP PELO INTERIOR –