Violência no ambiente escolar é pautada pelo Psicologia em Foco

O Conselho Regional de Psicologia – Minas Gerais (CRP-MG) realizou nesta quarta-feira, 10/4, mais uma edição do ciclo de eventos Psicologia em Foco. O tema da semana foi a “Prevenção das violências nas escolas: como a(o) psicóloga(o) pode contribuir?”. Compuseram a mesa, o austríaco Harold Wallner, que apresenta o trabalho da psicóloga suíça Alice Miller; o psicólogo, especialista em Saúde Mental e psiquiatria social e mestre em Psicologia, Jacques Akerman; e a psicóloga e mestre em educação, Evely Najjar, que mediou a conversa.

Assista ao registro do evento pelo Facebook.

Ao iniciar suas contribuições, Harold Wallner ressaltou que estuda a obra da psicóloga suíça Alice Miller há mais de 20 anos, sendo também o tradutor de algumas de suas obras. O palestrante destacou que grande parte do percurso de Miller como escritora diz respeito à origem da violência na educação das crianças. “Ela diz que o problema que o aluno leva para a escola é fruto da educação e de informações que recebe em casa dos pais”, relata.

Segundo Harold, as(os) psicólogas(os) do ambiente escolar normalmente procuram os pais quando as crianças apresentam dificuldades ou comportamento inadequado. Por isso, Alice Miller levou para o foco educacional a necessidade da compreensão das necessidades das crianças, que seriam, essencialmente, o amor, o respeito, a gentileza, a atenção e o carinho. Harold reuniu documentos, incluindo textos da psicóloga, que você pode conferir aqui.

Em seguida, Jacques Akerman alertou para a diversidade de conteúdos teórico-acadêmicos sobre as complexas relações que as escolas mantêm com o tecido social, já que continuam representando o espaço privilegiado onde as crianças devem estar.

Sobre trajeto o histórico da Psicologia, o especialista em Saúde Mental chamou atenção para a demanda social que se criou para que as(os) psicólogas(os) entrassem na escola com o olhar especializado sobre um comportamento o que, de certa forma, isentaria a instituição de responsabilidade.

O psicólogo também apresentou uma proposta para psicólogas(os) educacionais, que seria ficar fora do grupo de funcionárias(os) da escola e exercer uma escuta dos sintomas de educação de forma externa à instituição. E também reforçou: “não culpabilizem os pais e as famílias, mas tentem incluí-los no campo da responsabilidade. Neste contexto que a violência está legitimada o desafio é enorme”, finalizou.



– CRP PELO INTERIOR –