Sofrimento mental entre crianças e jovens foi tema de conversa no CRP-MG

“Mal-estar nas escolas: precisamos falar sobre isso” foi o tema do Psicologia em Foco desta quarta-feira, 5/9. Contribuições foram feitas por Bruno Mendes, psicólogo clínico, membro da Comissão de Psicologia e Clínica do CRP-MG, e Gilmar Fidelis, psicólogo clínico e especialista em Psicologia analítica e hospitalar.

A mesa pode ser assistida, na íntegra, pela internet.

Ao iniciar a conversa, Gilmar explicou que precisamos entender que parte do contexto que leva ao sofrimento mental tem a ver com a sociedade. Ele ressaltou que em sua experiência pôde ver muitos alunos entrando no curso de Medicina não por opção, mas por pressão da família e da sociedade e isso, por consequência, traz uma série de sofrimentos mentais.

Ainda de acordo com o psicólogo, a vida acadêmica traz para o jovem uma série de transições internas que o deixa mais sensível aos acontecimentos. Para ele, o sujeito entra em uma linha de estresse até chegar ao esgotamento e aí entra em colapso. “Ele não assume que está vulnerável e precisa de ajuda”, pontuou.

Bruno Mendes refletiu sobre o aumento de autoextermínios entre crianças e jovens. Ele salientou que precisamos retirar o foco dos problemas desses sujeitos e colocá-los em nossas relações sociais.

O psicólogo também reforçou que um dos grandes problemas está atrelado ao próprio relacionamento dos pais com os seus filhos, uma vez que esses pais precisam proteger, mas também estabelecer regras. Ele explica muitas vezes que o incômodo e a angústia são causados no jovem porque, na infância, não se ponderou sobre como a vida e as relações humanas funcionam. “O pais têm receios de impor por medo de não serem amados”, finalizou.

A psicóloga, conselheira e coordenadora das comissões Psicologia e Clínica e Psicologia nas Emergências e Desastres do CRP-MG, Mariana Tavares, participou mediando a conversa.

Veja entrevista de Mariana Tavares sobre Psicologia e Suicídio.

 



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